Informações relevantes do mercado do Crédito Imobiliário

Notícias - Janeiro de 2004

A Companhia de Habitação do Paraná - Cohapar - está realizando uma ampla campanha para reduzir a taxa de inadimplência. A companhia está oferecendo a seus mutuários descontos de até 100% nos juros para aqueles que quitarem as prestações em atraso. Quem pagar todas as prestações em atraso, mais a correção monetária, ganhará o desconto total. Já os que preferirem parcelar o débito em três vezes terão direito a 50% de desconto sobre os juros. Há, ainda, uma terceira opção para pagamento da dívida: os mutuários podem utilizar o FGTS para quitar até 80% do débito mas, neste caso específico, não há desconto sobre os juros. Segundo o Gerente de Arrecadação da Companhia de Habitação do Paraná, Luiz Roberto Gonçalves, a procura aos postos de atendimento e aos escritórios regionais da companhia tem sido muito grande. Segundo a Cohapar, dos 120 mil mutuários ativos, 25% têm prestações em atraso atualmente. A promoção se encerra em 10 de janeiro - ou 20 de janeiro, para os que utilizarem o FGTS.

Professores das redes pública municipal, estadual e federal, com renda familiar de até dez salários mínimos, poderão ter acesso a financiamento da Caixa Econômica Federal para compra, reforma ou construção da casa própria, com desconto em folha de pagamento, tão logo sejam realizadas as assinaturas de convênios entre a Caixa, governos estaduais e municipais. Os ministros Cristovam Buarque, da Educação, e Olívio Dutra, das Cidades, além do presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Eduardo Levi Mattoso, assinaram protocolo de intenções neste sentido, em Brasília. Os financiamentos poderão ser feitos para aquisição de imóveis, melhoria de moradias ou arrendamento, dentro dos Programas de Subsídio a Habitação de Interesse Social, de Arrendamento Residencial, Carta de Crédito FGTS e Carta de Crédito FGTS Material de Construção.

O Governo está preparando um conjunto de medidas para incentivar os bancos e as pessoas a voltarem a investir em caderneta de poupança - a idéia é criar incentivos para quem deixar o dinheiro aplicado por mais tempo. Um dos projetos é que o tempo e a quantidade de recursos aplicados na poupança possam se transformar em benefícios na hora do poupador fazer um empréstimo para a compra da casa própria. O Governo decidiu mexer com a poupança porque ela vem perdendo cada vez mais terreno para as demais aplicações e, conseqüentemente, queda dos fundos de financiamento da casa própria. As medidas devem ser anunciadas neste mês.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu, na segunda quinzena de dezembro, permitir que os bancos contabilizem parte das operações no Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) na hora de comprovar a aplicação dos limites mínimos exigidos pelo Banco Central para a área de habitação. O objetivo é estimular o financiamento da compra da casa própria pelo SFI, buscando uma nova fonte de recursos para o setor que não seja a tradicional caderneta de poupança. "Estamos buscando novas alternativas de recursos para o financiamento da habitação. Com a redução da taxa de juros, esse sistema vai crescer mais. O patamar atual já o torna viável", avalia o Diretor de Normas do Banco Central, Sérgio Darcy. O Conselho Monetário Nacional autorizou que as instituições financeiras contabilizem com aplicações em habitação até 35% das garantias oferecidas aos certificados de recebíveis imobiliários (CRIs).