Informações relevantes do mercado do Crédito Imobiliário

Notícias - Abril de 2008

A versão 7.62 do SCCI Corp, já disponibilizada pela Prognum Informática para seus clientes no final de março, traz uma novidade muito útil para seus usuários: o software passou a controlar, registrar e gerenciar todo o processo de envio dos nomes dos mutuários inadimplentes ao Serasa, segundo critérios pré-estabelecidos. Através de um filtro programável, o SCCI Corp lista o nome de todos os mutuários inadimplentes, prepara o arquivo e para que cliente o envie ao Serasa. A ferramenta também entra em ação quando o mutuário salda sua dívida e precisa retirar seu nome da instituição. "Todo esse processo fica registrado no SCCI Corp e pode ser controlado pelo usuário. Assim, ele pode acessar a lista dos mutuários nestas condições e, ainda assim, analisar caso a caso, se assim desejar. O importante a destacar é o gerenciamento total desta lista de mutuários inadimplentes que serão cadastrados no banco de dados do Serasa", explica o presidente da Prognum Informática, Sérgio da Venda Vieira.

Dentro da proposta de investir ainda mais em tecnologia e serviços, a Prognum Informática acaba de promover um up-grade no link de acesso à internet da máquina disponível para a produção, no Data Center. Até então, esse link era de 512 Kbps, mas agora foi dobrado, passando a contar com 1 Mbps. Em determinadas situações, os clientes podem até não perceber a diferença de velocidade, mas em horários de pico, com um maior número de acessos, esse up-grade é importante, pois aumenta sua capacidade de transmissão de dados. O objetivo destes investimentos, que continuarão a acontecer, "é oferecer um atendimento melhor para os clientes da companhia", explica o diretor-técnico da Prognum Informática, Marcus Marques da Rocha.

Os clientes da ProgSP não precisam mais discar interurbano para falar com seus colaboradores. A empresa, licenciada da Prognum Informática, tem um novo número telefônico, agora com ligação local para a cidade de São Paulo: 4062-5165. O novo número tem três ramais, o que amplia sua capacidade de receber ligações. Com o crescimento de suas atividades na cidade de São Paulo, a ProgSP investe na busca de um atendimento de qualidade para seus clientes.

A Companhia de Habitação Popular de Curitiba – Cohab-CT – está ocupando imóveis que foram retomados por falta de pagamento e estão ociosos com contratos de locação social, para famílias de baixa renda. O custo mensal da locação é bem inferior ao da prestação de um financiamento convencional e, nos dois primeiros meses de 2008, 40 famílias já foram atendidas. Os imóveis utilizados são apartamentos do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), localizados em condomínios antigos, em regiões urbanizadas. "Esta solução impede que os imóveis vagos sejam invadidos e também garante o cumprimento da função social da moradia", afirma o prefeito de Curitiba, Beto Richa. De acordo com o presidente da Cohab-CT, Mounir Chaowiche, os contratos de locação social têm um caráter provisório. "Estes contratos têm prazo de 12 meses e podem ser renovados ao final do período. Para isso, passam por avaliação dos técnicos da companhia, que verificam se as condições acordadas entre as partes estão sendo cumpridas e se a ocupação do imóvel cumpre a finalidade. Mais tarde, a locação poderá ser substituída pelo financiamento de aquisição da unidade", explica Chaowiche. Segundo ele, a taxa de locação social adotada é equivalente a 0,5% do valor de avaliação do imóvel e, geralmente, fica em torno de R$ 150,00 por mês. Uma das cláusulas contratuais estabelece que, em caso de inadimplência ou no surgimento de qualquer outra pendência entre as partes, na vigência do contrato, será acionada a Câmara de Mediação e Arbitragem do Paraná (CMA), que busca o acordo e a quitação de dívidas.

Em fevereiro, o volume de contratações de crédito dos agentes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que operam com recursos das cadernetas de poupança, atingiu R$ 1,963 bilhão, anunciou a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança – Abecip. Esse montante representa um crescimento de 121,8% em relação ao mesmo mês de 2007. Somando janeiro a fevereiro, o valor alcança R$ 3,585 bilhões, um aumento de 125,6% em relação ao primeiro bimestre de 2007. Segundo a Abecip, nos últimos 12 meses, o volume de contratações passa dos R$ 20 bilhões, chegando a exatos R$ 20,278 bilhões – com crescimento de 103,3% em relação aos 12 meses anteriores. A Abecip informou que foram financiadas 36.012 unidades no primeiro bimestre do ano, número muito próximo das unidades financiadas no mesmo período do ano passado – 36.446. Comparando apenas o mês de fevereiro – 18.935 unidades –, o crescimento foi de 90,4%, em relação ao mesmo mês de 2007. Nos últimos 12 meses, foram financiadas 213.269 unidades, contra 120.342 nos 12 meses anteriores.

O Governo ainda não anunciou quais medidas tomará para frear a expansão de crédito no país e, assim, evitar a alta do processo inflacionário. Mas o Ministério da Fazenda já anunciou que essas medidas serão restritas a alguns tipos de empréstimo. E foi claro, colocando a casa própria fora deste lista. O governo quer aumentar as exigências dos bancos para os financiamentos de longo prazo em setores onde a demanda esteja aquecida e pressionando a alta de preços, como no caso da compra de automóveis 0km. As concessionárias vendem veículos com prazos de até longos 99 meses e o Governo quer, por exemplo, que esse prazo não passe de 36 meses. O déficit habitacional e a importância social da compra da casa própria foram dois dos fatores que levaram o Governo a não pensar em restringir o crédito imobiliário. Por outro lado, a construção civil apresenta números cada vez mais favoráveis. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor cresceu nada menos do que 400% em fevereiro, em relação ao mesmo mês de 2007: foram 27.574 postos formais criados, contra apenas 5.522 em fevereiro de 2007. Segundo dados do Ministério do Trabalho e do Emprego, a construção civil passa a contar com 1,6 milhão de trabalhadores em todo o país. "O setor da construção civil está crescendo muito no país e é sem dúvida o grande destaque na geração de empregos. Isso se deve muito por conta da atuação do governo para fomentar o setor. Aqui no Ministério temos realizado várias ações desde 2007 para que o resultado seja esse. Só no ano passado, por exemplo, o Conselho Curador do FGTS proporcionou mais acesso ao crédito para a compra da casa própria. Isso leva ao aumento da demanda por imóveis e, conseqüentemente, à necessidade de mão-de-obra para construí-los", afirma o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O Ministro ressaltou, ainda, que o orçamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para financiamentos em 2008 é recorde, alcançando R$ 17 bilhões.

A Tetto Habitação lançou em março o Simular, simulador de financiamento imobiliário, que reúne, em um só local, informações dos principais bancos e suas linhas de crédito imobiliário. O internauta deve apontar seu browser para www.simular.com.br, se cadastrar e ter acesso gratuito às informações sobre as linhas de financiamento disponíveis no mercado, da Caixa Econômica Federal, Itaú, Nossa Caixa, Unibanco, Banco Real, Bradesco, HSBC, Banco do Brasil e Santander. Segundo a Tetto Habitação, "em cada linha de financiamento pesquisada, seja para imóvel residencial ou comercial, novo ou usado, o Simular oferece até cinco opções em um ranking comparativo entre as instituições. Onde o primeiro lugar é sempre para o menor valor total a pagar ao final do período de financiamento. O ranking segue sucessivamente até a última opção apresentada". É importante ressaltar que os valores a pagar, inclusive juros, são apresentados em gráficos, facilitando a compreensão do internauta e candidato a mutuário. Cada simulação traz um resumo de cada financiamento com nome do agente financeiro, tipo de parcela, indexador utilizado, tipo de amortização, juros, valor do bem, valor financiado, total a pagar, grau de risco e número de parcelas.

O Conselho Monetário Nacional autorizou, no final de março, o Banco do Brasil a utilizar 10% da captação de recursos para a poupança no financiamento da casa própria. Assim, o BB – maior instituição financeira do país – entra definitivamente, e de fato, no crescente mercado imobiliário, com perspectivas ambiciosas: a direção do banco anunciou que pretende atender até o final deste ano 27,6 mil mutuários, financiando nada menos do que R$ 2 bilhões. Ambição, aliás, é a palavra certa porque o BB planeja assumir, já em 2012, a terceira posição entre os maiores bancos que financiam a casa própria no país, emprestando algo entre R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões (hoje, a Caixa Econômica Federal está em primeiro, com 70% do mercado, seguida do Itaú, com 9,5%, e, em terceiro, Bradesco, com 6% do bolo). Segundo o diretor de novos negócios do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, o BB focará no financiamento para pessoas que ganham de cinco a dez salários mínimos. Vale lembrar que o BB fez um ensaio no mercado imobiliário, em abril do ano passado, tornando-se agente financeiro dos créditos habitacionais da Poupex – Associação de Poupança e Empréstimo do Exército – e em dezembro começou a emprestar, com recursos próprios, para a classe A adquirir casas e apartamentos avaliados acima de R$ 350 mil, em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Não há, ainda, informações sobre linhas de financiamento e quando de fato o BB irá começar a atuar neste mercado.