Informações relevantes do mercado do Crédito Imobiliário

Notícias - Junho de 2009

A versão 7.76 do Sistema de Controle de Cŕedito Imobiliário - SCCI Corp -, liberada no dia 25 de maio, traz uma série de implementações e melhorias no módulo do FCVS. Com objetivo de tornar o sistema ainda mais produtivo e facilitar a vida do usuário, os critérios de seleção na base do FCVS foram intensificados. Até a liberação desta nova versão, o módulo do FCVS permitia o armazenamento dos ofícios da Caixa Econômica Federal no cadastro do mutuário. A partir de agora, a ferramenta passa a controlar a liberação do término de análise. "O sistema passou a filtrar o que foi aceito ou não pela administradora do FCVS. A habilitação, ou rejeição, está manifestada no ofício da Caixa e o usuário precisava consultar os ofícios para separar os contratos habilitados dos não habilitados. Agora, o SCCI Corp faz isso automaticamente, trazendo uma enorme agilidade e produtividade para o usuário. O que antes era feito manualmente, tomando muito tempo, agora é automático. Imagine a diferença que isso faz, por exemplo, em um lote de 500 ofícios?", explica o coordenador de Suporte/RJ da Prognum Informática, Maurício Monteiro. Outra novidade no módulo do FCVS diz respeito ao cadastro de produção do agente financeiro, que não se comunicava com a base de dados do FCVS. Para comparar o contrato de um mutuário com a base de dados do FCVS o trabalho era feito manualmente. Nesta nova versão, esse trabalho também passou a ser automatizado. "O SCCI Corp 7.76 compara o cadastro de produção com o cadastro do FCVS e checa valores e evolução, apontando diferenças na tela ou através de relatório", explica Maurício. Tem mais: a partir de agora, o módulo do FCVS permite ao usuário selecionar os contratos habilitados sem manifestação para comando automático de RNV. Com isso, garante o coordenador do Suporte/RJ, o agente financeiro não perde mais o prazo para se manifestar junto a Caixa. "Se a Caixa negar a habilitação e o agente financeiro não se pronunciar, o contrato fica classificado com sem manifestação. E há um prazo para isso ser corrigido. O módulo do FCVS seleciona automaticamente esses contratos, para que as correções sejam feitas", resume Maurício Monteiro. A versão 7.76 do SCCI Corp amplia a atuação do SisAt, que controlava fluxos de processos associados aos mutuários, aos pretendentes e aos não mutuários. Agora, também pode se associar fluxos de processos de CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e Operação (agrupamento de contatos), o que dá a ferramenta maior capacidade de gerenciamento. E no próprio SCCI, o usuário ganha uma alternativa caso não queira utilizar o back-up diferencial em sua base de dados. Nesta versão, os documentos de imagens podem ser armazenados separadamente do banco de dados, o que pode facilitar o back-up quando se fala em grandes volumes de documentos.

Promovido pela Caixa Econômica Federal, de 15 a 17 de maio, no Marumby Expo Center, em Curitiba, o 5º Feirão Caixa da Casa Própria do Paraná recebeu nada menos do que 34.106 pessoas, das mais diversas classes sociais, com um objetivo comum: realizar o sonho da casa própria. Foram fechados 2.420 negócios, totalizando R$ 184 milhões, integralmente financiados com recursos da CEF. Um dos destaques da feira foi a participação da Piemonte Construções e Incorporações Ltda., que montou seu estande com uma grande estrutura, objetivando um atendimento diferenciado aos visitantes, tendo como atrativo principal as maquetes dos cinco modelos de casas oferecidos nos dois empreendimentos lançados no feirão: Residencial das Hortênsias e Moradias João de Barro. "Nosso objetivo foi realizar o pré-lançamento de vendas do Residencial das Hortênsias e do Moradias João de Barro, que terão seu início de vendas ainda neste ano. Nossa equipe foi instruída a divulgar os empreendimentos, fazer simulação dos financiamentos pelo plano habitacional 'Minha Casa Minha Vida' e preencher o cadastro dos interessados na aquisição de unidades habitacionais, além de coletar informações relativas a preferência do modelo de casa (35 m², 37 m², 46 m² ou 56 m²). Durante toda a feira, atendemos mais de 5 mil pessoas, sendo que 907 demonstraram grande interesse em adquirir imóveis nos empreendimentos oferecidos pela empresa, fazendo a pré-reserva e preenchendo o cadastro", conta o Coordenador Comercial da Piemonte, José Paulo Campos Filho. Segundo ele, o pré-lançamento dos dois empreendimentos fizeram tanto sucesso que um grande número de pessoas que fizeram cadastro queria oficializar a compra no momento, deixando sinal de negócio para firmar o compromisso assumido. Campos Filho considerou a experiência de participação da Piemonte no 5º Feirão da Casa Própria como "marcante, superando todas as expectativas". Para o Coordenador, "o grande número de pessoas que visitaram o estande, aliado ao número significativo de cadastros realizados, vêm reforçar a liderança da empresa no segmento de habitação popular de Curitiba". Em tempo: o estande da Piemonte foi tão procurado pelos candidatos a mutuários que foi destaque nas reportagens promovidas por emissoras de rádio, jornal e TV sobre o evento. Confira uma destas reportagens, exibida no programa Bom Dia Paraná, da RPCTV, afiliada da Rede Globo, no link http://portal.rpc.com.br/tv/paranaense/video.phtml?Video_ID=46126&Programa=bomdiaparana&tipo=&categoriaNome

Desde que foi lançada, em maio do ano passado, a campanha "Bom Pagador", da Companhia de Habitação do Paraná - Cohapar – já sorteou entre os mutuários em dia com seus pagamentos um carro zero quilômetro, duas motocicletas 125 cilindradas e 650 eletrodomésticos e eletroeletrônicos. No final de maio, mais quatro mutuários da região de Maringá receberam, das mãos do próprio presidente da companhia, Rafael Greca, uma batedeira, um aparelho de DVD, uma sanduicheira e uma churrasqueira grill. Segundo a Cohapar, a campanha termina em 27 de junho deste ano, com o sorteio de mais 130 eletrodomésticos. Para o presidente da Cohapar, Rafael Greca, a beleza da cerimônia de entrega das premiações mostra o quanto é importante a família ter um casa própria para criar e cuidar da sua família. "Famílias que passaram por momentos difíceis, continuam estáveis porque têm seus lares. Isso foi comprovado mais um vez durante a entrega destes prêmios. Se fosse numa outra situação, essas famílias estariam órfãs e provavelmente com dificuldade de moradia", salientou.

A parceria entre a Caixa Econômica Federal e a Cohab Curitiba para a implantação do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) em Curitiba é um modelo bem sucedido de atuação conjunta para todo o país. Foi o que a vice-presidente da Caixa Econômica Federal, Clarice Copetti, disse durante a abertura do 5º Feirão da Casa Própria do Paraná, sobre a Companhia de Habitação Popular de Curitiba. "A Cohab Curitiba é uma grande operadora do programa habitacional, e pela sua participação em algumas linhas de financiamento tornou-se exemplo para o país. A sistemática criada aqui proporcionou a criação de um produto que é adequado para a cidade e atende às necessidades das famílias", disse Clarice. Segundo ela, a sintonia entre a Caixa e a Cohab será importante para a aplicação do novo programa do governo, "Minha Casa, Minha Vida", em Curitiba. De acordo com entendimentos entre as duas instituições, a Cohab é responsável pelo cadastramento das famílias com renda de até seis salários mínimos. "Isso ocorre porque a Companhia demonstrou boa experiência na adoção de estratégias para destinação das unidades", pontuou Clarice. Este foi o quarto ano consecutivo que a Cohab participou do Feirão da Casa Própria. Numa área de 45 m², a companhia apresentou os projetos que estão em andamento nas várias frentes de trabalho – construção de unidades para atender famílias inscritas no cadastro de pretendentes a imóveis; obras de urbanização de vilas; implantação de loteamentos e construção de unidades para reassentamento de famílias em situação de risco. Também foram apresentados novos projetos que serão desenvolvidos em parceria com a Caixa Econômica Federal e a iniciativa privada para atender famílias inscritas no cadastro da Cohab. São oito novos empreendimentos, que, juntos, vão possibilitar a oferta de mais 1.478 apartamentos e sobrados que atenderão famílias com renda de até seis salários mínimos. Para o presidente da Companhia, Mounir Chaowiche, a presença da Cohab no evento "trouxe visibilidade para a política habitacional do município e foi mais uma oportunidade de aproximação com o público-alvo das ações desta política".

Em abril o número de unidades financiadas pelos agentes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o volume de empréstimos cresceram. Segundo a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança – Abecip - em número de financiamentos houve acréscimo de 6,1% em relação a março, e 19,5% em relação a abril de 2008. E, em valores, os aumentos foram, respectivamente, de 4,1% e de 17,1%. O número de unidades financiadas, diz a entidade, atingiu 22.831, em abril, e 78.552 nos primeiros quatro meses de 2009, elevando-se a 304.345, nos últimos 12 meses. Este número é recorde na história do SBPE. Já o montante financiado foi de R$ 2,370 bilhões, em abril, e de R$ 8,256 bilhões, no primeiro quadrimestre. Em 12 meses, este valor ascendeu a R$ 30,801 bilhões, também recorde histórico. "Num cenário macroeconômico de redução do crescimento, os dados do SBPE mostram a grande vitalidade do crédito imobiliário", conclui a Abecip. Para a entidade, os empréstimos ajustam-se a conjuntura. "Na comparação entre abril de 2008 e abril de 2009, registra-se um importante crescimento de 22,9% das contratações de financiamentos com mutuários finais, destinados a aquisição de imóveis. Já o crescimento de empréstimos a empresas da construção civil, destinados a construção de habitações, na mesma comparação entre abril de 2008 e abril de 2009, foi de 16%. Houve queda no valor médio dos financiamentos destinados a construção, indicando que o setor de incorporações começa a se voltar para as faixas de renda mais baixas, onde é maior o déficit de habitações. Nos depósitos de poupança, houve captação líquida negativa de R$ 526 milhões, em abril deste ano, e de R$ 1,45 bilhão, no primeiro quadrimestre. Aparentemente, a queda decorreu de necessidades sazonais de caixa, sem maior impacto no SBPE, o que assegura a continuidade de disponibilidade de recursos da Caderneta de Poupança para a área de habitação", pontua a Abecip, em nota.

Apesar da redução de IPI e de todas as promoções oferecidas pelo mercado, as vendas de material de construção não estão reagindo como o setor esperava. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), as vendas de materiais de construção em abril apresentaram queda de 17,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. A entidade acredita que a queda é reflexo direto do recuo no mercado imobiliário que, embora esteja melhorando, registrou uma queda importante de vendas e lançamentos no primeiro trimestre deste ano, em comparação com os primeiros três meses de 2008. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o recuo nas vendas de material de construção é de 16,38% em relação ao mesmo período de 2008. Na comparação com o mês anterior, houve queda de 4,45%. Apenas nos últimos 12 meses é que as vendas superam o período anterior em 3%. A Abramat pretende negociar com o governo a ampliação da desoneração do IPI e da lista de materiais com alíquota zero, já que a redução do imposto anunciada pelo governo federal vale somente até 16 de julho.

Estudo intitulado "10 anos, 10 tendências", realizado pelo Ibope, aponta que o percentual de brasileiros que desejam comprar um imóvel, em um semestre, é de 17%. Dentre oito países latino-americanos, o Brasil figura entre os três com menor intenção de comprar um imóvel nos próximos seis meses, ficando a frente apenas da Colômbia (16%) e da Argentina (7%). O maior índice foi verificado no Equador (20%), seguido por México e Venezuela (19% cada), Peru e Chile (ambos 18% cada). No que diz respeito a compra efetiva de um imóvel, os mexicanos foram os que mais adquiriram este tipo de bem, nos últimos seis meses, entre os países avaliados. O índice alcançado pelo país foi de 6,3%. Em seguida, os países onde mais se compraram imóveis, nos últimos seis meses, foram: Equador (4,5%), Colômbia (4,4%), Brasil (3,8%), Venezuela (3,6%), Chile (2,6%), Peru (2,4%) e Argentina (1,8%). A pesquisa apurou ainda que, na hora de se decidirem pela compra de um imóvel, os latino-americanos consideram importantes fatores como localização (44%), preço (36%) e possibilidade de financiamento (22%).

Pesquisa mensal do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e da FGV Projetos, com base nos dados do Caged/MTE, indicou que o emprego na construção civil em todo o país cresceu 0,87% em março, com a abertura de 18.341 novas vagas com carteira assinada. Assim, o setor fecha o primeiro trimestre de 2009 com 36.733 o número de novas vagas formais abertas. No fim de março, o setor empregava 2.121.690 trabalhadores no país. Em doze meses, foram contratados 173.115 novos trabalhadores, um aumento de 8,88%. "Esses resultados precisam ser vistos com cautela e não como uma recuperação da crise econômica. Refletem a construção dos empreendimentos lançados e das obras públicas contratadas antes da crise. Houve um hiato nestas contratações de obras a partir de setembro do ano passado, e ele vai se refletir no emprego mais adiante. As contratações de obras já se reiniciaram, embora em um ritmo menor. Portanto, o emprego até pode continuar crescendo mais uns meses no setor, mas só vai se manter no segundo semestre se os juros baixarem mais, se houver uma recuperação dos investimentos, se o Programa Minha Casa Minha Vida tomar velocidade e se a arrecadação crescer permitindo que as contratações de obras públicas se intensifiquem nos níveis da União, dos Estados e dos Municípios", afirmou o diretor de Economia do Sinduscon-SP, Eduardo Zaidan. No Estado de São Paulo, a construção civil contratou 6.710 trabalhadores com carteira assinada em março (aumento de 1,12% em relação ao número de empregados no setor em fevereiro). No final de março, o total de empregados contratados na construção paulista era de 608,4 mil, o que significa um aumento de 9,93% no período de 12 meses e de 2,7% sobre dezembro de 2008.

Famoso por lançar o Nano, o carro mais barato do mundo, o grupo indiano Tata, através de seu braço imobiliário, a Tata Housing Development, anunciou que irá construir e vender casas e apartamentos na Índia, que custarão entre US$7.800 (em torno de R$ 16.300,00) e US$ 13.400 (em torno de R$ 28 mil). Serão, em princípio, 1.244 unidades, a serem construídas em dois anos, na cidade planejada de Bhoiser, subúrbio industrial localizado ao norte de Bombaim. O apartamento básico terá apenas 26 m², com um cômodo, cozinha e banheiro. Uma segunda opção, com o mesmo número de cômodos, terá 33 m². E a unidade mais cara terá 43 m², com um quarto a mais. O empreendimento ainda prevê a construção de um hospital, uma escola, playground e jardins e a Tata prevê faturar, com esta primeira fase do programa, R$ 42 milhões. O objetivo é expandi-lo para Nova Délhi e Bangalore.

O Bradesco anunciou, no final de maio, que ampliou o prazo de seu financiamento para a casa própria, passando de 25 para 30 anos, para todas as modalidades enquadradas no Sistema Financeiro da Habitação (SFH). E não foi apenas isso: o banco também reduziu os juros dos financiamentos. Nos contratos pós-fixados para imóveis novos e usados, com valor até R$ 120 mil, por exemplo, a taxa caiu de 10% para 8,9% ao ano, o que equivale a juros de 0,7% ao mês mais a variação da TR. O Bradesco quer, assim, ganhar mais mercado: no ano passado, a instituição financiou a compra de cerca de 50 mil imóveis residenciais, no valor de R$ 6 bilhões. A meta para esse ano é financiar 70 mil unidades, aumentando sua participação de mercado dos atuais 22% para 26%.