Informações relevantes do mercado do Crédito Imobiliário

Notícias - Outubro de 2010

A Companhia de Habitação do Pará agora também utiliza o Sistema de Controle de Crédito Imobiliário - SCCI Corp - para gerenciar seus créditos imobiliários. A Prognum Informática ganhou concorrência e já implantou seu principal sistema na companhia, para o gerenciamento de 5.300 créditos ativos e cerca de 25.650 créditos inativos de todo estado paraense. A implantação durou em torno de 20 dias e a Prognum Informática realizou um amplo treinamento, de uma semana, na Cohab-Pará, para preparar os usuários. Desde o dia 9 de agosto, o SCCI Corp já está ativo. "A companhia utilizava um sistema já há 20 anos e a percepção dos usuários foi de entender o SCCI Corp como um sistema muito mais moderno e com uma gama muito maior de funcionalidades", disse o Coordenador de Suporte Técnico da Prognum, João Carlos Moreira de Faria, que participou pessoalmente da implantação do sistema no cliente. Segundo o gerente de Crédito Imobiliário da Cohab-Pará, Antônio Carlos Avelar, uma das grandes vantagens do SCCI Corp é sua funcionalidade via web. "Tínhamos muita dificuldade com o sistema anterior, pois no Pará as distâncias são muito grandes. Temos empreendimentos no sul do estado, que ficam a 900 quilômetros de distância de Belém. Com o SCCI Corp resolvemos essa distância", diz ele. Outra questão que agradou em cheio à Cohab Pará é a ampla gama de relatórios gerenciais que o SCCI Corp produz automaticamente. "Antes, quando precisávamos de informações específicas, tínhamos que pedir um script à empresa, que as vezes demorava duas semanas para ser disponibilizado. Com o SCCI Corp, temos relatórios em questões de minutos", comemora Antônio Carlos. E não é só: a Cohab Pará também está apostando alto nos serviços via web, como a emissão de segunda via do boleto da prestação. "Nossos serviços irão melhorar internamente e o atendimento ao mutuário também", acredita o gerente.

A versão 7.92 do SCCI Corp - Sistema de Controle de Crédito Imobiliário – está ainda mais flexível no controle dos boletos pagos pelos mutuários no banco. Agora, mesmo que esse controle seja feito por um outro sistema, o SCCI Corp lê as informações e compara o que foi emitido com o que foi pago. "O SCCI Corp faz toda a emissão de boletos que serão pagos pelos mutuários no banco. Depois que o pagamento é feito, o banco emite um arquivo com os números dos boletos pagos e o SCCI Corp faz um comparativo deste arquivo com sua base de dados e relaciona aqueles que pagaram e não pagaram sua prestação. Mas há casos, como por exemplo com companhias securitizadoras, que o crédito é administrado pelo SCCI Corp mas o pagamento ainda é gerido pela construtora ou incorporadora que vendeu os créditos. E esta empresa pode utilizar outro sistema que controla os pagamentos realizados. Nesta nova versão, o SCCI Corp permite importar as informações de sistemas de terceiros, agilizando todo o trabalho", explica o diretor técnico da Prognum Informática, Marcus Marques da Rocha. A versão 7.92 do SCCI Corp foi disponibilizada para os clientes no dia 24 de setembro.

O déficit habitacional no Brasil está caindo, garante o Ministério das Cidades. Segundo estudo realizado pela Fundação João Pinheiro, o déficit habitacional caiu de 6 milhões de habitações para 5,572 milhões, de 2007 para 2008, ou seja, uma queda de quase 450 mil unidades. A maior concentração do déficit habitacional - 96,6% do total - continuava abrangendo as famílias com renda inferior a cinco salários mínimos. E do total do déficit, 83% referem-se a áreas urbanas. "A pesquisa exclui pessoas que coabitam por razões não financeiras. A redução do déficit já mostra resultados da política habitacional do governo", explica o ministro das Cidades, Marcio Fortes de Almeida. Segundo o Ministério das Cidades, a maior parte do déficit habitacional está concentrada na Região Sudeste - 36,9% do total ou 2,1 milhões de moradias. A Região Nordeste é a região com o segundo maior déficit habitacional do país: 2 milhões de domicílios ou 35,1% do total. "Comparada às demais regiões, a Região Norte apresenta o maior percentual do déficit em termos relativos - o déficit de 600 mil unidades habitacionais corresponde a 13,9% dos domicílios da região", aponta o ministério.

O Departamento Municipal de Habitação de Porto Alegre (Demhab) reassentou mais 68 famílias da Vila Dique no loteamento da avenida Bernardino Silveira Amorim, 1915, bairro Rubem Berta. A remoção da vila, localizada irregularmente há cerca de 30 anos na avenida Dique, possibilitará a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, uma das obras essenciais para a expansão comercial do Estado e para a Copa do Mundo de 2014. A transferência dos moradores para o loteamento no bairro Rubem Berta começou em outubro. Já foram reassentadas 204 famílias de um total de 1.476. O custo da obra é R$ 56,5 milhões, dos quais R$ 33,5 milhões (59,28%) do governo federal, via Caixa Econômica Federal. Os outros R$ 23 milhões (47,72%) são recursos do município. Localizado em área de 21 hectares, o loteamento de Rubem Berta terá 1.476 habitações, 103 unidades comerciais, escola e creche municipais, posto de saúde, unidade de triagem de resíduos recicláveis, centro comunitário, praça e área de preservação ambiental. As casas, sobrados e apartamentos, com cerca de 40 metros quadrados, terão sala, cozinha, banheiro e dois dormitórios. Vinte unidades serão adaptadas para pessoas com deficiência.

A Companhia de Habitação do Paraná está incentivando as pessoas que têm contratos de a regularizarem sua situação junto à companhia. A ideia é garantir ao novo mutuário todos os direitos que têm aquele que comprou oficialmente o imóvel. "Se você não transfere seu imóvel, estará pagando pelo de outra pessoa. O seguro fica no nome do outro e em casos de morte e invalidez, por exemplo, sua família perde todos os direitos. O contrato de gaveta, que deveria ser uma garantia, acaba virando um inferno", afirma o gerente do departamento imobiliário, Antônio Carlos Schmall Moreira. Segundo ele, para efetivar a transferência do imóvel, basta que o mutuário leve todos os documentos ao escritório regional da Cohapar mais próximo, inclusive a cópia do contrato de gaveta. É cobrada uma taxa de transferência de 20% do valor do salário mínimo para as despesas administrativas e todas as prestações do financiamento devem estar rigorosamente em dia. "Não existe nenhuma punição aos mutuários e a regularização é uma garantia que assegura todos os direitos ao dono do imóvel", garante Moreira. Além de buscar a regularização de contratos de gaveta, a Cohapar também está intensificando as cobranças de mutuários com mais de três prestações em atraso. Esses mutuários estarão recebendo uma notificação da dívida e devem procurar um dos escritórios da Cohapar para renegociar a dívida. "Tentamos de todas as maneiras renegociar as dívidas com os mutuários. Nossos atendentes sempre estão nos municípios para esclarecer todas as dúvidas", avisa o presidente da Cohapar, Everaldo Moreno. Ele garante que não há possibilidade de famílias carentes perderem seus imóveis. "O ponto de partida das ações são os pareceres sociais. Nossos técnicos estão em campo justamente para isso, para que nenhuma família seja prejudicada". Todas as dívidas podem ser renegociadas, mas não haverá descontos de juros ou correção. Há o parcelamento da dívida da seguinte forma: de uma a três prestações em atraso o pagamento pode ser parcelado em até seis vezes; de quatro a nove prestações, em até 12 vezes e, acima de 10, em 24 vezes. A Cohapar mantém um número com discagem gratuita – 0800-645-0055 – para tirar dúvidas dos mutuários.

A Cohab-Curitiba está entregando 524 apartamentos de dois quartos - 32 unidades do Programa Imóvel na Planta e 492 construídas com recursos do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) – para famílias com renda de três a quatro salários mínimos. "São milhares de pessoas que ganham acesso à moradia de ótima qualidade e também a equipamentos e programas sociais do município, pois a política habitacional de Curitiba está vinculada às demais políticas públicas e garante atendimento integral ao cidadão", afirma o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci. Segundo a Cohab-Curitiba, os contemplados com as unidades assinam um contrato de arrendamento antes de receber as chaves. Eles pagarão uma taxa de ocupação do imóvel pelo prazo de 15 anos, e depois disso tornam-se proprietárias das unidades. No entanto, caso desejarem, poderão, a partir do quinto ano, trocar o contrato de arrendamento pelo financiamento para aquisição do apartamento. Os 492 apartamentos do PAR estão divididos em cinco empreendimentos: os Residenciais Los Angeles, com 88 unidades, Malibu e Santa Bárbara, com 56 cada, todos situados no Sítio Cercado; e os Residenciais Orquídeas, com 152 apartamentos e Violetas, com 140, ambos localizados na CIC. A construção dos conjuntos totaliza investimentos de R$ 16 milhões, do PAR, que é um programa da Caixa Econômica Federal. Do programa Imóvel na Planta será entregue o Residencial Rio Negro, com 32 apartamentos na CIC. Os recursos para a construção, no total de R$ 1,7 milhão, são originários do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Os beneficiados, neste caso, têm renda entre três e seis salários mínimos. "É a demonstração de que o trabalho da Cohab não para. Em agosto, entregamos 280 unidades habitacionais para famílias cadastradas e moradores de áreas de risco. Em setembro, a entrega de 112 apartamentos dá início a mais uma etapa do cumprimento do programa habitacional do município", diz o presidente da Cohab, João Elias de Oliveira.

A Companhia de Habitação de Londrina está renegociando a dívida de seus mutuários inadimplentes, através do Programa de Renegociação de Dívidas, que foi lançado em julho do ano passado. Atualmente, duas mil famílias já formalizaram os contratos de renegociação e segundo a Cohab-Londrina outras seis mil ainda têm débitos a quitar. Para participar do programa, o mutuário deve efetuar uma entrada no valor da prestação que está mais atrasada. As parcelas da renegociação podem chegar a até 300 meses, com uma taxa que varia de 4,5% a 6% ao ano. A única restrição da ação é a de que a dívida do mutuário não ultrapasse o valor do imóvel. "Existe um desconto, de acordo com o número de prestações quitadas. Porém, quanto maior a inadimplência, menor o desconto ", pontua o chefe do departamento imobiliário da empresa, Ronaldo Antunes da Silva. No início do programa, a inadimplência estava na casa dos 61,54%. Em julho deste ano, o número já havia baixado para 49,93%. Os interessados no programa devem comparecer à sede da Cohab, na Rua Pernambuco, nº 1002. Mais informações pelo telefone: 3315-2233.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Cidades, Marcio Fortes de Almeida, e a secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, participaram da inauguração e entrega de chaves de 400 casas no Residencial Casa do Parque, dia 18 de setembro, em Campinas. As famílias beneficiadas têm renda entre três e seis salários mínimos. O empreendimento, no valor de R$ 31,33 milhões, compreende três tipos de moradias com diferentes tamanhos. Entre elas 161 moradias de 63,44 m² com três quartos, um deles suíte, mais um banheiro social, sala, cozinha, área de serviço e varanda. Essa unidade de três quartos é entregue no valor de R$ 77 mil, com parte subsidiada, a primeira prestação por R$ 354,00 e as seguintes decrescentes. "Pouco mais de um ano do lançamento do Minha Casa, Minha Vida e estamos aqui entregando casas do programa. Um milhão e oitenta e oito unidades foram propostas à Caixa para análise e, dessas 630 mil foram contratadas", disse Marcio Fortes. Já o prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos, fez questão de ressaltar que as unidades foram entregues com geladeira e acesso à internet. O presidente Lula chamou a atenção para a importância do PAC Saneamento em Campinas, cidade que após a conclusão do projeto Capivara II terá cem por cento do seu esgoto tratado. Segundo o Ministério das Cidades, o programa Minha Casa, Minha Vida já alcançou mais de 637 mil contratações em todo o País, no valor de R$ 36 bilhões, sendo que em São Paulo foram contratadas 125.601 mil unidades totalizando R$ 8.185 milhões. Em Campinas a contratação atingiu 22 empreendimentos, totalizando 10.491 unidades, movimentando R$ 687 milhões.

A Secretaria Municipal de Habitação do Rio lançou no dia 21 de setembro edital para a complementação de obras que serão realizadas pelo programa Morar Carioca na comunidade Guarabu, na Ilha do Governador, na Zona Norte da cidade. O investimento é de R$ 14.021.967,07 e irá beneficiar 3.404 moradores. Haverá instalação de novas redes de água, esgoto e drenagem; pavimentação e abertura de ruas; implantação de novos pontos de iluminação e de coleta de lixo; além do plantio de árvores. As licitações em andamento para obras do Morar Carioca já somam, contando com esse edital, cerca de R$ 381 milhões. O programa prevê investir R$ 2 bilhões na urbanização de favelas nos próximos dois anos. A meta é alcançar todas as favelas do Rio até 2020, num investimento total de R$ 8 bilhões.

A Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina anunciou a construção de 300 moradias no norte do estado. Segundo a diretora presidente da companhia, Maria Darci Mota Beck, serão investidos R$ 3,96 milhões no setor habitacional de oito municípios da região. "A COHAB/SC continua trabalhando para levar a moradia digna ao povo catarinense. Com mais este passo, centenas de famílias do nosso Estado estarão mais próximas das chaves da primeira casa e, certamente, de uma vida com melhores condições e oportunidades", afirmou ela. Trinta famílias serão contempladas com a casa própria em cada cidade, totalizando um investimento de R$ 360 mil por município. As duas exceções são Porto União e Rio Negrinho, cidades acima de 20 mil habitantes, onde serão construídas 60 unidades cada, com um investimento de R$ 900 mil por município. Segundo a Cohab-Santa Catarina, as moradias terão dois quartos, sala, cozinha e banheiro, em uma área de 37,8 m², e serão destinadas a famílias com renda de até R$ 1.395,00, selecionadas pelas prefeituras. Segundo Maria Darci, em todo o Estado, a Cohab irá trabalhar na construção de 903 moradias pelo Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal. O investimento total em Santa Catarina será de R$ 11.196.000,00 em 30 municípios.

Uma pesquisa do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas indica que apenas 1,69% dos brasileiros da classe E teve acesso a financiamento imobiliário em 2009 e que esse percentual foi praticamente cinco vezes maior nas classes A e B, alcançando 7,74%. A pesquisa revela que na classe C o acesso ao financiamento da casa própria foi de 4,97% no ano passado, enquanto na classe D, de 2,98%. Segundo a FGV, "em termos de moradia, observa-se que a série se mantém mais ou menos estável desde 2004". O estudo mostra, ainda, que diminuiu a proporção das famílias com moradia própria já paga, de 71,27%, em 2008, para 70,58%, em 2009. Também caiu o percentual de famílias com casa própria, porém, ainda pagando: de 4,35% em 2008 para 4,29% em 2009.

O Departamento do Comércio dos Estados Unidos informou que a atividade de construção de casas no país cresceu 10,5% em agosto, para uma taxa anualizada sazonalmente ajustada de 598 mil unidades. Em relação a agosto do ano passado, o indicador apresenta uma alta de 2,2%. Já os alvarás de construção cresceram 1,8% de julho para agosto, para uma taxa anualizada sazonalmente ajustada de 569 mil. No comparativo com agosto de 2009, no entanto, houve queda de 6,7%. "O mercado imobiliário residencial bateu no fundo do poço e está voltando de lá", disse o economista do Jefferies Group, em Nova York, Thomas Simons.