Informações relevantes do mercado do Crédito Imobiliário

Notícias - Setembro de 2010

A versão 7.91 do SCCI Corp - Sistema de Controle de Crédito Imobiliário - foi disponibilizada no dia 25 de agosto com novidades que tornaram o sistema ainda mais produtivo. Uma nova configuração da ferramenta, por exemplo, permite que o usuário defina as opções de pesquisa na tela que localiza mutuários. A configuração é feita segundo as necessidades da empresa, sem sobrecarregar a tela com informações que são desnecessárias. A pesquisa de mutuários pode ser feita pelas seguintes opções: número de contrato, nome, CPF/CNPJ, empreendimento (por quadra e lote ou bloco e apartamento), indicação fiscal (código do imóvel na prefeitura), matrícula de funcionário do mutuário, localização por operação (para securitizadoras) e localização por CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários). "A partir de agora, o cliente poderá utilizar quantos destes campos quiser. Ele configurará o SCI Corp para oferecer ao usuário apenas os campos necessários", explica o diretor técnico da Prognum Informática, Marcus Marques da Rocha. A ferramenta também recebeu melhorias no módulo de importação e exportação de dados. "Agora é possível definir um leiaute para importação e exportação de dados. Um exemplo de melhoria é uma possível troca da taxa de juros de todo um empreendimento. O SCCI agora importa toda a base de dados deste empreendimento, o usuário altera o campo de juros e reevolui o contrato. Tudo feito automaticamente", exemplifica Marcus. A versão 7.91 do SCCI Corp também passou a controlar a entrega de escrituras, registrando os mutuários que já receberam o documento, a data de entrega e ainda há um campo para observações. E o SisAt traz uma novidade que permite um melhor controle do tempo de atendimento dos mutuários nos balcões de atendimento. A partir de agora, fica registado no sistema a hora que o mutuário recebe a senha de atendimento e a hora que ele efetivamente é atendido. Desta forma, o cliente pode controlar o tempo de fila e, a partir deste gerenciamento, tomar atitudes cabíveis.

O setor de crédito imobiliário continua batendo recordes. A Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança - Abecip - informou que o primeiro semestre de 2010 foi o melhor da história dos agentes do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), que operam com recursos das cadernetas de poupança, com empréstimos de R$ 23,8 bilhões. Esse valor representa 77% a mais do que no mesmo período do ano passado. Segundo a Abecip, foram financiadas 187,6 mil unidades, 51,5% a mais do que no primeiro semestre de 2009. A entidade ressalta que estes números ratificam as novas projeções para este ano, que apontam para o financiamento de 450 mil unidades, no montante de R$ 57 bilhões - nos últimos 12 meses, até junho, as operações atingiram R$ 44,4 bilhões. "O montante das operações realizadas em junho de 2010 alcançou R$ 5,27 bilhões, superando em 78% o resultado de junho de 2009 (R$ 2,96 bilhões) e em 24% as contratações de maio de 2010. Com relação ao desempenho no primeiro semestre, as operações realizadas entre janeiro e junho de 2010 somaram R$ 23,8 bilhões, superando em 77% as do primeiro semestre de 2009. Continuou a crescer, em junho, o percentual de financiamento em relação ao valor total dos imóveis comercializados. Entre dezembro de 2009 e o primeiro semestre deste ano, esse percentual aumentou de 61,1% para 61,9%. Os dados mostram a disposição dos agentes financeiros em atender a demanda crescente por financiamento imobiliário, atuando com medidas como alongamento de prazos e elevação da parcela passível de financiamento. Em junho, foram financiadas 40,8 mil unidades, novo recorde histórico, confirmando as expectativas otimistas para este ano. Em junho de 2009, o número de operações foi de 25,8 mil. Entre os primeiros seis meses de 2009 e 2010, esse número evoluiu de 123,9 mil para 187,6 mil (+51%)", informou, em nota, a Abecip.

O Governo Federal deu aprovação prévia para seis projetos da prefeitura de Curitiba, que receberão recursos da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento - o PAC 2. Das seis propostas, uma é de saneamento e as demais são da área de habitação e beneficiarão 3,1 mil famílias. "A conquista destes recursos vai garantir a continuidade do programa de urbanização de ocupações irregulares e de recuperação das margens de rios. Com isso, estaremos combinando atuação social com proteção e recuperação ambiental", disse o prefeito curitibano, Luciano Ducci. Segundo ele, os cinco projetados que serão tocados pela Companhia de Habitação de Curitiba envolvem investimentos na ordem de R$ 13,6 milhões. Das 3,1 mil famílias beneficiadas, 2,2 mil receberão casas novas e 961 serão contempladas com obras de urbanização e melhorias habitacionais no próprio local onde vivem. A prefeitura de Curitiba informou que para complementar os recursos necessários ao atendimento das famílias, serão utilizados também mais R$ 99 milhões do programa Minha Casa Minha Vida, o que eleva o total de recursos aplicados nos cinco projetos de habitação a R$ 112,6 milhões.

A Companhia de Habitação de São Paulo já conta com uma nova e moderna estrutura para atender aos seus mutuários e interessados em adquirir a casa própria. No dia 2 de agosto, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, inaugurou a nova central de atendimento da Cohab-SP, com capacidade para atender a mais de 500 pessoas por dia. A nova central está localizada na avenida São João, 299, no Centro, conta com dois terminais para auto-atendimento e tem sala de espera com TV e ar condicionado, além de uma brinquedoteca para as crianças que estiverem acompanhando seus pais. O prédio tem quatro pavimentos, distribuídos em 1.900 m², mais que o dobro do prédio antigo. "Agora tudo está informatizado e pode ser acessado online. A Cohab e a Secretaria Municipal de Habitação estão integradas no mesmo prédio, o que facilita a vida da população. A recuperação deste prédio acaba sendo inserida na recuperação do Centro, em especial nesta região, onde estamos construindo um dos mais importantes equipamentos de cultura na cidade: a Praça das Artes", afirmou Kassab.

Com mais de R$ 115 milhões à receber, sendo mais de 60% deste valor de juros e correção monetária, a Companhia de Habitação do Paraná resolveu intensificar as ações contra mutuários que não pagam suas prestações em dia. Esse montante possibilitaria, por exemplo, a construção de nada menos do que 5,8 mil casas populares. "A inadimplência dos mutuários da companhia é de 30% e precisamos recuperar estes valores. Ainda este ano vamos ajuizar mil ações judiciais, em todas as regiões do Estado, para recuperar pagamentos atrasados", ressaltou o presidente da Cohapar, Everaldo Moreno. Segundo a companhia, a maioria dos inadimplentes tem mais de 25 prestações atrasadas. "A partir de agora, todos serão notificados e se a situação não for resolvida será feita a retomada do imóvel. É inadmissível que mutuários tenham mais de 100 prestações atrasadas e nada aconteça", completou Moreno, lembrando que a Cohapar quer renegociar as dívidas com aqueles que desejarem quitar seus débitos. O presidente destacou que a recuperação destes créditos permitirá a construção de novas moradias. "Desta forma podemos mudar a realidade social do nosso Estado, e vamos possibilitar que famílias carentes tenham acesso à casa própria, assim como estas que não pagam suas prestações em dia e já tiveram uma oportunidade. Vamos fazer cumprir as ações de reintegração de posse já em andamento, pois desta forma recuperamos os ativos da empresa e ainda reconhecemos e incentivamos as pessoas que se esforçam para pagar tudo em dia", disse Moreno. A Cohapar disponibiliza atendimento em todos os municípios do Paraná onde há conjuntos habitacionais. Mas, para os mutuários que têm dificuldades de deslocamento, há o serviço de teleatendimento, com discagem gratuita (0800 645 0055), que funciona das 07h30 às 19 horas. Por meio deste serviço ainda é possível esclarecer dúvidas referentes ao financiamento habitacional e receber em casa o boleto para quitação das prestações em atraso.

A Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina participou, de 10 a 15 de agosto, do 17º Salão do Imóvel e Construfair/SC, que apresentou mais de 160 estandes, distribuídos em cerca de 7 mil metros quadrados, destinados à exposição de produtos e serviços relacionados à construção civil, mercado imobiliário e condomínios. O evento aconteceu no CentroSul, em Florianópolis. No estande da Cohab/SC, o visitante pôde ver exposta uma residência construída com o sistema de concreto/PVC, de origem canadense. Constituído de painéis leves e modulares de PVC, de simples encaixe, o sistema é preenchido com concreto e aço, resultando em um produto de elevada resistência. Segundo a Cohab Santa Catarina, o modelo oferece alta produtividade ao facilitar a administração de materiais, mão-de-obra e transporte. Proporciona uma construção rápida e limpa, elimina a necessidade de pinturas ou revestimentos, evita desperdícios e reduz o impacto, uma vez que o PVC é um produto reciclável. A alta durabilidade é resultado de um sistema resistente a sol, chuva, vento e maresia. O PVC é um bom isolante térmico, elétrico e acústico, além de não propagar chamas e ser impermeável a gases e líquidos. Outro benefício importante são as paredes de menores espessuras, que geram um ganho de até 7% de área útil. "No papel de empresa responsável pela política de habitação do Estado, é essencial a representação da Cohab/SC no evento. Em nossa terceira participação, levamos ao público soluções para o setor habitacional com o emprego de novas tecnologias", afirmou a diretora presidente da companhia, Maria Darci Mota Beck.

Parceira do governo federal no programa Minha Casa, Minha Vida, a prefeitura de Porto Alegre doou um terreno para o Fundo de Arrendamento Residencial, da Caixa Econômica Federal, localizado na avenida Bento Gonçalves, no bairro de Partenon. Ali serão construídas 1,2 mil unidades habitacionais, para o público com renda de até três salários mínimos. O diretor-geral do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), Humberto Goulart, já entregou ao Cartório de Registro de Imóveis da 5ª Zona os documentos necessários para formalizar a doação de terreno da prefeitura. O empreendimento será realizado pela Kaufmann Construções e Incorporações, vencedora do processo de chamamento público executado pelo Demhab. Mais de 50 mil pessoas se inscreveram para comprar uma unidade deste empreendimento. A prefeitura de Porto Alegre criou a Comissão de Análise e Aprovação da Demanda Habitacional Prioritária, formada por diversas secretarias municipais, que tem o objetivo de acelerar o processo de aprovação de projetos habitacionais destinados ao programa. A participação de Porto Alegre no Minha Casa, Minha Vida também compreende a doação de áreas para a construção das unidades habitacionais e a concessão de isenções fiscais (ITBI e IPTU).

A Companhia de Habitação Popular de Bauru abriu processo licitatório, em agosto, para a venda de terrenos de sua propriedade, localizados na própria cidade e em outros 46 municípios de São Paulo. "Estamos concluindo o processo de avaliação dos terrenos para posterior envio à Caixa Econômica Federal. Só depois daremos início ao processo de licitação, efetivamente, o que deve levar entre 30 a 45 dias em relação ao primeiro lote avaliado. As áreas possuem em média de 144 a 200 metros quadrados", afirmou o presidente da companhia, Edison Bastos Gasparini Junior. Serão vendidos 134 terrenos, dos quais 102 são hipotecados em garantia à Caixa, totalizando R$ 23 milhões. O restante soma R$ 11,9 milhões. Com o dinheiro arrecadado com a venda dos terrenos, a Cohab-Bauru amortizará a dívida que tem junto ao FGTS, referentes à resíduos contratuais.

A Agência Goiana de Habitação já convocou 79 dos 137 profissionais aprovados em concurso público para a formação de um quadro técnico efetivo da empresa responsável pela gestão da política pública estadual de Habitação. Os demais 58 aprovados serão chamados conforme a necessidade da Agência, que fará a substituição gradativa dos quadros técnicos temporários pelos efetivos. Segundo a AGEHAB, após os procedimentos de contratação, o novo servidor público estadual vai se integrar imediatamente à equipe que atua em áreas relacionadas à promoção habitacional, regularização fundiária, desenvolvimento institucional, planejamento, entre outras frentes de trabalho. Os aprovados têm formação em diversas áreas como arquitetura, engenharia, assistência social, sociologia, jornalismo, direito, entre outros. "A AGEHAB tem como missão atender populações muito carentes e isso só aumenta a responsabilidade desses profissionais que vêm para fortalecer a proposta de uma política publica habitacional eficaz e socialmente justa para o Estado de Goiás", afirmou a a presidenta da agência, Silmara Vieira. O concurso da AGEHAB contou com mais de 11 mil inscritos. Os salários variam de R$ 975 a R$ 3.000 para cargos de nível médio e superior, respectivamente.

A Caixa Econômica Federal informou que seu lucro líquido neste segundo trimestre do ano foi de R$ 890 milhões, o que representa uma alta de 14,5% em relação ao primeiro trimestre de 2010. O patrimônio líquido consolidado atingiu R$ 14,3 bilhões ao final de junho, aumento de 5,9% no semestre, e o retorno sobre o patrimônio líquido médio alcançou 25,8%. "O resultado obtido é mais um passo na estratégia estabelecida ainda em 2003, de consolidar a Caixa como uma instituição relevante na vida do cidadão brasileiro, seja pela execução das políticas públicas, seja pela democratização do acesso ao crédito. De fato, estamos mais uma vez dando uma demonstração de que é possível a uma instituição financeira socialmente orientada combinar o compromisso fundamental em promover a cidadania com resultados financeiros positivos", disse a presidenta do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho. Na área de crédito imobiliário, a Caixa obteve mais um recorde, com contratações na ordem de R$ 33,5 bilhões, incluindo repasses, quase o dobro do valor registrado no mesmo período do ano passado. Segundo a Caixa, "o destaque do financiamento imobiliário são as contratações com recursos da caderneta de poupança (SBPE), que atingiram R$ 14,9 bilhões no semestre e saldo de R$ 44,5 bilhões, acréscimo de cerca de 84% frente ao mesmo período do ano anterior. Com as contratações realizadas ao longo do primeiro semestre, o saldo total da carteira habitacional alcançou R$ 86,9 bilhões, avanço de 23,2% nos seis primeiros meses do ano, que elevaram para 75,9% a participação da Caixa nesse segmento no mercado, 3,4 pontos percentuais. a mais do que em junho de 2009". A presidenta do banco fez questão de ressaltar o trabalho de avaliação socioambiental de projetos de empreendimentos habitacionais, denominado Selo Casa Azul, que integra as principais vertentes para a produção de construções mais sustentáveis: inserção urbana; planejamento e projeto; desempenho térmico e conforto; eficiência energética, redução de resíduos de construção e demolição; reciclagem e reutilização; redução do consumo de água e energia; responsabilidade social e empresarial. O Selo pretende incentivar a adoção de itens de sustentabilidade ao planejamento dos empreendimentos habitacionais financiados pela Caixa. É, segundo a instituição, também uma forma de reconhecer publicamente os empreendedores que adotam práticas mais sustentáveis na construção de novas moradias. Segundo estudo da Brand Finance que, em parceria com a revista The Brander/IAM, publicou a sexta edição anual do estudo das 100 marcas mais valiosas presentes no Brasil, a Caixa possui a 8ª marca mais valiosa do mercado, avançando nove posições em relação à pesquisa passada. E mais: a Fitch Ratings, agência internacional de classificação de riscos, anunciou a elevação das notas da Caixa de "AA(bra)" para "AA+(bra)". O rating de uma instituição financeira é uma medida balizadora para o mercado operar e reflete, entre outras questões, a qualidade e a eficiência na gestão do crédito e as práticas de governança corporativa adotadas.

A Associação Nacional de Construtores de Casas/Wells Fargo, dos Estados Unidos, divulgou que o índice de confiança das construtoras norte-americanas chegou ao seu mais baixo nível desde março do ano passado, alcançando, em agosto, 13 pontos. Em julho, este índice estava em 14 pontos. A informação surpreendeu economistas e especialistas, que esperavam que o índice subisse para 15 agora em agosto. Segundo analistas, o índice apresentado reforça a percepção de que o fim de um programa de crédito do governo irá piorar o desempenho das vendas de casa nos Estados Unidos. Segundo a associação, resultados abaixo dos 50 pontos indicam pessimismo e desde abril de 2006 o índice se mantém abaixo deste patamar.