Notícias

PIB da construção de 2023 provavelmente será negativo, diz o Sinduscon-SP

Previsão de crescimento da construção está mantida para 2024. O FGV Ibre prevê um crescimento de 2,9% do PIB do setor

O PIB da construção de 2023, que deve ser oficialmente divulgado ainda este mês, provavelmente será negativo, em função do baixo consumo de materiais da construção por parte das famílias e seu impacto na indústria deste setor. É o que espera o Sinduscon-SP, que se reuniu em 7 de fevereiro para sua tradicional reunião de conjuntura.

De acordo com a entidade, o estoque de emprego da construção aumentou em 2023, no entanto o saldo líquido apresentou uma baixa de 16% em relação ao ano anterior. “O emprego aumentou nas obras de infraestrutura e diminuiu no setor de edificações. No acumulado do ano, houve crescimento do emprego em edificações, especialmente no município de São Paulo, refletindo a resiliência do mercado imobiliário, em que pese o choque dos juros, com mais ênfase nas vendas do que nos lançamentos de empreendimentos”, divulgou a assessoria de comunicação do Sinduscon-SP.

“Os preços dos imóveis residenciais, embora em desaceleração, ainda apresentaram ganho real. O volume de crédito imobiliário da poupança caiu 42% em termos nominais e 35% em termos reais. Já os financiamentos do FGTS se elevaram tanto no número de unidades financiadas quanto no volume de recursos concedidos, em parte por conta dos ajustes feitos no Minha Casa, Minha Vida, que trouxeram parte da classe média para dentro deste programa”, informou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), pontuando, ainda, a queda 1,24% no consumo do cimento em 2023.

No entanto, a  previsão de crescimento da construção está mantida para 2024, mesmo diante do aumento dos materiais e a escassez de mão de obra qualificada – dois problemas históricos do setor. O FGV Ibre prevê um crescimento de 2,9% do PIB da construção. Em função do maior investimento em infraestrutura, a indústria cimenteira espera crescer 2% em 2024 e anunciou investimentos para o aumento da capacidade de produção. Ana Maria Castelo destacou que o FGTS manterá o orçamento para a habitação, o financiamento da poupança deve apresentar ligeira queda em termos reais e os investimentos em infraestrutura devem ter aumento real de 7%.

Cadastre-se e receba
noticias no seu email

Notícias Recentes
Procurar por Mês
Procurar por Ano