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Técnica inovadora de engenharia reversa transforma entulho de obra em pavimentos permeáveis de alta performance

No Brasil, são produzidos 520 quilos de entulho por metro quadrado de construção

A questão ambiental na indústria da construção civil é muito séria, e provoca consequências negativas no meio ambiente. De acordo com dados de agências ambientais e de estudos setoriais, nada menos do que 50% dos resíduos sólidos urbanos, nas grandes cidades, são gerados por obras. Estima-se que no Brasil 520 quilos de entulho sejam produzidos para cada metro quadrado de construção – um número assustador, que pressiona os aterros sanitários e aumento os custos de destinação destes resíduos.

Mas como resolver essa questão? Como tornar a indústria mais sustentável e limpa? É a pergunta que o próprio setor se faz, constantemente, em busca de respostas que transformem a indústria. Mestre em Engenharia em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e Engenharia Geotécnica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o engenheiro e empresário Eliomar Gotardi Pessoa parece ter encontrado uma solução absolutamente viável para o problema: ele desenvolveu uma técnica de engenharia reversa que transforma entulho de obra em pavimentos permeáveis de alta performance.

Eliomar acredita que pode ajudar a efetivamente transformar a indústria da construção civil. “A tecnologia que desenvolvemos permite que o pavimento drenante absorva e filtre a água da chuva, reduzindo enchentes nas cidades e o efeito de ‘ilha de calor’ causado por pavimentações convencionais. Isso melhora o conforto térmico urbano e evita o acúmulo de águas pluviais em vias públicas”, explica o CEO da Gotardi Engenharia Ltda.

O engenheiro explica que a reutilização dos entulhos reduz a demanda por novas matérias-primas e promove a economia circular, reduzindo significativamente, ainda, a pegada de carbono da construção. Gotardi conta que está pesquisando a incorporação de rejeitos de granito nos pavimentos permeáveis, o que pode, segundo ele, representar uma economia de até 30% nos custos de uma obra. “Vários recursos naturais poderiam ser poupados se os municípios adotassem essa prática em suas obras públicas e em projetos privados. Não é apenas uma questão de sustentabilidade, mas de viabilidade econômica para o setor e para as cidades”, garante ele.

 

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