A Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) divulgou que em abril a variação do IGMI-R/ABECIP foi de 1,08%, muito próxima do resultado apurado em março (1,05%). A variação acumulada em 12 meses em abril foi de 17,26%, ante 17,43% registrados no mês anterior, interrompendo o processo de aceleração iniciado em abril de 2021.
“A aceleração dos preços nominais dos imóveis residenciais a partir de abril de 2021 representou um ganho também em valores reais, tomando como base a evolução do IPCA/IBGE no período. Os resultados de abril de 2020 mostram uma redução dessa valorização real dos imóveis residenciais, na medida em que a desaceleração do IGMI-R/ABECIP no mês ocorre juntamente a uma aceleração do IPCA/IBGE. A aceleração dos preços dos imóveis residenciais a partir do segundo trimestre de 2021 ocorreu no contexto da retomada do nível de atividades da economia brasileira, e do aumento da concessão de crédito para o setor. Apesar da tendência de acomodação do crescimento desses preços verificada em abril, e dos desafios renovados em relação à evolução dos preços ao consumidor, as expectativas dos empresários do setor ainda mostram resiliência. Dois dos principais componentes do Índice de Expectativas da Sondagem da construção civil IBRE/FGV, Demanda Prevista e Tendência dos Negócios, reverteram em abril o movimento de queda verificado no mês anterior”, divulgou a entidade,
Das dez capitais analisadas pelo IGMI-R/ABECIP, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília são as que observam as maiores variações acumuladas em doze meses, porém com desaceleração em relação aos respectivos resultados de março. Segundo a Abecip, Goiânia, Salvador, Curitiba e Porto Alegre integram um segundo grupo com variações acumuladas em 12 meses inferiores às do primeiro grupo, porém com aceleração em abril, e ainda registrando ganhos reais, e um terceiro grupo, formado por Belo Horizonte, Fortaleza e Recife, também apresenta aceleração nas taxas de variação acumuladas em 12 meses, porém ainda aquém da variação acumulada em 12 meses pelo IPCA/IBGE.
“O comportamento dos preços dos imóveis residenciais ao longo dos próximos meses pode ser ponderado à luz desses indicadores de expectativas, que ainda evoluem sem tendência clara, refletindo resultados recentes do nível de atividade que parecem contrabalançar em alguma medida os desafios da persistência inflacionária e da lenta recuperação do mercado de trabalho”, avalia a entidade.
Publicado em 01/06/2022