Informações relevantes do mercado do Crédito Imobiliário

Notícias - Março de 2014

Liberada para os clientes da Prognum Informática no dia 25 de fevereiro, a versão 8.33 do SCCI Corp traz como novidade a automatização do processo de cessão de créditos. A partir de agora, o usuário pode criar cestas de crédito, ou seja, conjuntos de créditos pré-selecionados, segundo critérios determinados, como faixa de contratos, data de assinatura, número de prestações em atraso e número de dias em atrasos, entre outros. Determinada a cesta, os créditos podem ser manipulados conjuntamente e, após análises, são cedidos. “A possibilidade de criar estas cestas de créditos simplifica o processo de cessão. A cesta servirá, também, para compor o lastro numa eventual LCI (Letra de Crédito Imobiliário). Uma coisa é trabalhar os créditos um a um. Outra, bem mais produtivo, é trabalhar esses créditos em conjunto”, explica o presidente da Prognum Informática, Sergio da Venda Vieira. Outra novidade no módulo FCVS do SCCI Corp 8.33 é a alteração do leiaute para o novo padrão do FCVS – recepção de informações, principalmente para o TR 08.

O Banco do Brasil anunciou que obteve um lucro líquido recorde de R$ 15,8 bilhões em 2013, valor superior aos ganhos no ano anterior, de R$ 12,2 bilhões. No quarto trimestre, o banco registrou ganhos de R$ 3 bilhões. O crédito imobiliário atingiu saldo de R$ 24,1 bilhões em dezembro de 2013, o que significa uma expansão de 87,2% em 12 meses. “O financiamento às empresas cresceu 122,6% em um ano, atingindo saldo de R$ 5,9 bilhões. No mesmo segmento, de crédito imobiliário, o financiamento às pessoas físicas cresceu 78% no mesmo período, com saldo de R$ 18,2 bilhões e mais 160 mil operações contratadas. Em relação ao volume contratado no trimestre, as pessoas físicas responderam por R$ 3,2 bilhões, enquanto as empresas representaram R$ 2,5 bilhões. O saldo de crédito concedido às empresas encerrou dezembro com R$ 323,2 bilhões, crescimento de 19,5% em 12 meses e 6,2% em relação ao trimestre anterior. O BB ampliou a sua liderança no agro negócio, atingindo 66,1%, conforme os dados do Sistema Nacional de Crédito Rural. O financiamento a esse segmento encerrou 2013 em R$ 144,8 bilhões. O montante é 34,1% maior do que o registrado no mesmo período de 2012. Os índices de inadimplência no Banco do Brasil, levando em conta o índice de operações vencidas há mais de 90 dias, foi de 1,98% em dezembro”, informou a Agência Brasil.

A Companhia de Habitação do Paraná anunciou que irá retirar de situação de risco 1.195 famílias que vivem em assentamentos precários, em 10 municípios, ao lado do Programa Família Paranaense, com investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do governo do Estado. No dia 18 de fevereiro, a companhia realizou uma reunião com os prefeitos dos dez municípios beneficiados, para discutir as etapas do projeto. Participaram do encontro a secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, e o secretário da Habitação e presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche. "A Família Paranaense é o grande instrumento de emancipação no Estado. Buscamos sempre melhorar a qualidade de vida das pessoas e ter uma casa digna é fundamental. É o maior programa habitacional da história do Paraná, que está sendo realizado graças às parcerias, que garantem que as coisas aconteçam. Já temos projetos em todos os 399 municípios paranaenses e milhares de famílias beneficiadas", afirmou Fernanda Richa. Chaowiche afirmou que o segredo do sucesso do programa de moradias do Paraná é ter as secretarias estaduais e prefeituras trabalhando juntas. "O governador Beto Richa entende que, se as prefeituras não estiverem atuando de forma integrada, nada acontece. Estamos pensando no beneficio às pessoas e também no desenvolvimento econômico e social das cidades. Quando as pessoas têm um lugar digno para morar, elas passam a sentir-se parte da sociedade, e com isso fica muito mais fácil inseri-las na educação e qualificação profissional, e ainda melhorando a autoestima delas", garante ele. A proposta do projeto é a construção de moradias, adequação das casas de famílias que ocupam ilegalmente áreas de risco ou de proteção ambiental, infraestrutura urbana, instalação de equipamentos públicos, recuperação ambiental das áreas desocupadas e regularização fundiária. Segundo a Cohapar, o projeto de urbanização nos assentamentos precários vai beneficiar famílias de Cantagalo, Cruz Machado, Imbituva, Laranjeiras do Sul, Piraí do Sul, Prudentópolis, Rebouças, Reserva, Turvo e Wenceslau Braz.

O Departamento Municipal de Habitação de Porto Alegre realizou, no dia 10 de fevereiro, a assinatura do contrato e ordem de início para a construção de 82 unidades habitacionais no bairro Humaitá. A solenidade contou com a presença de grande parte das famílias que serão beneficiadas pelo projeto. O contrato e a ordem de início das obras foram assinados pelo prefeito José Fortunati, o diretor-geral do Demhab, Everton Braz, os secretários municipais de Gestão, Urbano Schmitt, e de Direitos Humanos, Luciano Marcantônio, os representantes do Consórcio Concretiva/Acepar, que venceu a licitação, e pelo presidente da Associação dos Moradores da Vila Liberdade, Erlon Nogueira Lima. As 82 casas serão construídas no Loteamento Frederico Mentz, 303, lote 2. “Esse ato tem um significado muito importante porque ele reafirma, mais uma vez, o nosso compromisso com o Orçamento Participativo. Resgatamos essa antiga demanda, que se concretizou graças à luta da comunidade da Vila Liberdade, que é atuante, organizada e participativa. Então, só podemos comemorar a realização desse sonho”, afirmou Fortunati. Segundo a Demhab, no loteamento, serão executadas obras de infraestrutura como terraplenagem, pavimentação, implantação de redes de abastecimento de água e de esgotos e rede de energia elétrica e a construção das novas moradias. O investimento será de R$ 6,9 milhões, sendo que R$ 4,9 milhões são de financiamento externo do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) e cerca de R$ 2 milhões de contrapartida da prefeitura. A obra faz parte do Projeto Integrado Entrada da Cidade (Piec), que visa ao desenvolvimento urbano, socioeconômico e ambiental da Região Humaitá-Navegantes. “Há mais de 30 anos, essa comunidade batalha pela regularização fundiária, pela construção de moradias melhores, e por isso esse é um passo importante para dar mais dignidade aos moradores. Lembrando que esse é um trabalho contínuo. Já entregamos 1,5 mil unidades na região e devemos, na próxima etapa, construir outras 700 no terreno da Vila Liberdade”, explicou Everton Braz. A Demhab informou que as edificações serão compostas por sete casas térreas, com 44,62m², uma casa para pessoa com deficiência, com 49,50m², 74 sobrados com 43,59m² e ainda oito estabelecimentos comerciais, com 22,17m², cada. A empresa responsável pela obra tem prazo de 360 dias para execução dos trabalhos, a contar do quinto dia após a emissão da ordem de serviço.

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette, assinou, em 6 de fevereiro, um projeto de lei que permite a construção de empreendimentos habitacionais de interesse social (EHIS) em todo o município, exceto na Área de Proteção Ambiental (APA) de Sousas e Joaquim Egídio, Barão Geraldo e região central, locais onde a restrição será mantida. Na prática, o projeto amplia as áreas para a construção de moradias populares atualmente restritas às macrozonas 5 (regiões do Ouro Verde e Campo Grande), 9 (região dos Amarais e Nova Aparecida) e em alguns setores da macrozona 4 (centro e rodovia expandido do município D. Pedro I). “Com esta mudança vamos também contemplar as pessoas com equipamentos sociais já existentes como creches, escolas e postos de saúde, além de evitar grandes deslocamentos. Conto com o Poder Legislativo para fazer com que a cidade entenda, através dos debates que vão surgir, que estamos desenhando uma nova visão para o município na questão habitacional”, garante Donizette. Segundo ele, a prefeitura vai distribuir os novos empreendimentos habitacionais de forma mais homogênea e, ao mesmo tempo, minimizar os impactos decorrentes da mobilidade urbana, contemplando com moradias as pessoas que já vivem ou trabalham nas áreas onde forem implementadas as unidades habitacionais populares. Para a secretária de Habitação e presidente da Companhia de Habitação Popular de Campinas (Cohab-Campinas), Ana Amoroso, o projeto vai beneficiar muita gente. “Todos os setores da administração estão empenhados em diminuir o deficit habitacional estimado, atualmente, em 40 mil unidades pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Portanto surge um novo cenário e a aprovação deste projeto vai mudar a história da habitação popular em Campinas,” afirmou Ana. O projeto foi enviado à Câmara de Vereadores para ser debatido com todos os setores da sociedade.

O secretário de Estado da Habitação de São Paulo, Silvio Torres, anunciou que 9,7 mil moradias populares já estão contratadas para o Vale do Paraíba, o que irá gerar um investimento na ordem de R$ 325 milhões. Do total de unidades contratadas, 5.232 moradias estão em obras, sendo 1.836 pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e 3.396 imóveis pela Casa Paulista em parceria com o Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, municípios paulistas e a iniciativa privada. Além disso, outras 1.050 moradias estão em fase de análise pelas instituições financeiras. Outras 25 mil moradias estão programadas pelo Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Litoral Norte, lançado em 03 de janeiro deste ano, que atenderá 16 municípios, entre eles: Caraguatatuba, São Sebastião, Ilha Bela e Ubatuba, que fazem parte da região do Vale do Paraíba. Torres também anunciou que 5.259 mil unidades estão contratadas para São José dos Campos, das quais 2.679 moradias em obras, investimento de R$ 189,5 milhões. “O governador Alckmin está cumprindo com a promessa feita em janeiro de 2012, de edificar cinco mil moradias populares em São José dos Campos. A meta é contratar oito mil imóveis nos próximos três anos, para atender parte do deficit habitacional do município”, disse ele.

A Companhia de Habitação Popular de Curitiba recebeu, no dia 18 de fevereiro, a visita de um grupo de 20 estudantes de doutorado em meio ambiente e sustentabilidade, da Universidade Mines Paris Tech. Os alunos, com formação na área de engenharia, estavam acompanhados de quatro professores e passaram uma semana na cidade, conhecendo as experiências curitibanas em gestão urbana. O grupo foi recebido pelo presidente da Cohab-CT, Ubiraci Rodrigues, e ouviu explicações sobre o programa habitacional do município, feitas pelo diretor técnico da Companhia, João Carlos Vianna, e pela gerente do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Melissa Cunha Kesikowski. Ambos apresentaram as principais linhas de atuação da Cohab, que prevê atendimentos a dois segmentos distintos da clientela do programa habitacional – famílias inscritas no cadastro de pretendentes a imóveis e moradores de áreas de risco. Um dos principais interesses demonstrados pelos alunos foi o programa de reassentamento, executado em parceria com o governo federal, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os empreendimentos e a sistemática de funcionamento do programa Minha Casa, Minha Vida, no qual a Cohab e a Prefeitura entram como órgãos que fornecem apoio e complementação aos projetos, também foram um dos temas mais falados no encontro. “Os alunos puderam conhecer uma realidade diferente e perceber, de maneira clara, como é feita a aplicação de um modelo habitacional que é novidade para nós. Eu já havia tido informações positivas a respeito da política de moradia que o Brasil está adotando e acho que este trabalho pode servir como referência para outros países”, disse a professora Frédérique Vincent. Além da Cohab, os estudantes franceses também visitarão outros órgãos da Prefeitura, como o Ippuc e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente.

O Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi) divulgou, no início de fevereiro, uma pesquisa mostrando que as vendas de imóveis residenciais novos na capital paulista expandiram 23,6% no ano passado, comparado ao ano anterior. O setor esperava uma alta entre 10 a 15%, e se surpreendeu com os números bem mais positivos. Praticamente um terço dos imóveis, ou 28% das 33.319 unidades negociadas, refere-se a empreendimentos com um dormitório cuja comercialização, praticamente dobrou, passando de 4.202 para 8.391 imóveis. Segundo o Secovi, apartamentos com dois quartos continuam liderando a expansão de procura, com 14.674 negócios e alta de 14,7%. Para o presidente do Secovi de São Paulo, Claudio Bernardes, o bom desempenho do setor ajudou a evitar que o país tivesse um Produto Interno Bruto (PIB) ainda menor em 2013. “A maioria das vendas no país é para pessoas de 35 anos, e 70% dos financiamentos para os que estão adquirindo o primeiro imóvel, e com esse número tão grande, seguramente, não são investidores e nem especuladores com base em uma negociação futura imediata. Isso significa que não tem bolha imobiliária no Brasil”, afirmou Bernardes, pontuando que a entidade prevê que neste ano haverá estabilidade nos negócios. Já o economista-chefe da entidade, Celso Petrucci, explicou que as vendas deverão sofrer algum impacto em razão do ano atípico, com Copa do Mundo e eleições, antecipação de férias e períodos mais prolongados de inatividade dos negócios.”Estamos prevendo vendas e lançamentos de 33 mil unidades, e os financiamentos podem crescer 15%, já que temos estoques a serem ofertados”, disse ele.

A Associação Brasileira de Cohabs e Agentes Públicos de Habitação (ABC) e o Fórum Nacional de Secretários de Habitação e Desenvolvimento Urbano (FNSHDU) divulgaram, no dia 19 de fevereiro, a lista dos vencedores do Prêmio Selo de Mérito, edição 2014. Doze instituições, entre Companhias de Habitação, Secretarias Municipais de Habitação e Prefeituras Municipais receberão a outorga do Prêmio Selo de Mérito no Fórum Nacional de Habitação de Interesse Social, que este ano será realizado entre os dias 26 e 28 de março, em Brasília. Há premiados em todas as regiões do Brasil, sendo que quatro instituições são do norte, duas do nordeste, uma do centro-oeste, três do sudeste e duas do sul. É a seguinte a lista dos 14 projetos vencedores do prêmio Selo de Mérito 2014, com seus respectivos projetos: Cohab/PA (Comunidade Taboquinha); PM Boa Vista/RR (Morar Legal); Conder/BA (Borda da Bahia); Emha-CG/MS (Da favela à casa própria); CDHU/SP (Empreendimentos Santo André e Programa de Moradia Indígena); Cohab-CT/PR (Novo Ganchinho); Sehab/AC (Programa Nacional de Habitação Rural – Indígena), Cohapar/PR (SOS Litoral e Gestão – Viabilização de Moradias Rurais), PM Martinópole/CE (Trabalho Social em Martinópole); PM Macabú/RJ (CH Conceição de Macabú). PM Soubre/PA (Política Habitacional Democrática) e PM São Bernardo do Campo/SP (Sistema de Informações HIS SBC). O prêmio Selo de Mérito é promovido pela ABC e o FNSHDU, e tem como objetivo estimular e difundir as experiências bem sucedidas desenvolvidas pelos órgãos públicos estaduais e municipais no âmbito da habitação de interesse social. Vinte e nove projetos foram analisados pela comissão julgadora da premiação.