O indicador Abrainc-Fipe aponta que em janeiro as vendas de imóveis novos no Brasil cresceram 39,8% no acumulado de 12 meses, em um total de  171.627 unidades comercializadas. De acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), o excelente desempenho – um recorde para o indicador – foi puxado tanto pelo segmento de médio e alto padrão quanto pelo Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

“Esses cortes nos juros não só beneficiam o setor, tornando os financiamentos habitacionais mais acessíveis, mas também impulsionam o progresso econômico e social do Brasil. Com a tendência de novas quedas da Selic, esperamos também um aumento nas vendas de imóveis para investimento, tornando-os ainda mais atrativos. Além disso, o acréscimo recente de 17% nos preços dos aluguéis, decorrente da valorização dos últimos 12 meses, fortalece a demanda por ativos imobiliários”, afirmou o Presidente da ABRAINC, Luiz França, pontuando que a redução da Selic este ano é crucial para a economia do país e um “impulsionador significativo para o desenvolvimento do setor”.

De acordo com o indicador  Abrainc-Fipe, o segmento de médio e alto padrão teve uma alta de 15% no volume de vendas e de 22,51% no valor das unidades comercializadas. Segundo a ABRAINC, há uma indicação clara de uma readequação gradual nos níveis de estoque do segmento: hoje, a oferta está durando 15 meses, contra 24 meses registrados no início de 2023.

Já o volume de unidades comercializadas no MCMV apresentou uma alta de 52,6% e o valor total das vendas cresceu 65,3% no período.  O indicador registrou um acréscimo de 57,1% no valor de venda dos lançamentos. Para a entidade, tais resultados refletem as medidas implementadas para ampliar o acesso à moradia para famílias de baixa renda e destacam a importância de manter regras estáveis para o FGTS, fundamental para o crédito imobiliário destinado a essa população.