De acordo com o Censo 2022, divulgado no início de novembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil contabiliza 12.348 favelas e comunidades urbanas, e em torno de 16,4 milhões de pessoas vivem nestes locais (8,1% da população). Em 2010, eram 6.329, o que significa, segundo o IBGE, um crescimento de 95% do número de favelas e comunidades urbanas no Brasil em 12 anos. Naquele ano, 11,4 milhões de pessoas viviam nestes locais, ou seja, 6% da população da época.
De acordo com o censo de 2022, as favelas e comunidades urbanas estão espalhadas por 656 municípios brasileiros, uma expansão de 103% se o número for comparado ao número de cidades que tinham comunidades mapeadas em 2010 – 323 municípios.
O maior número de favelas está concentrado em São Paulo: 3.123, quase o dobro do Rio de Janeiro, que ocupa a segunda posição do ranking, com 1.724 favelas e comunidades mapeadas. Em terceiro está Pernambuco, com 849 comunidades. Juntos, estes três estados somam 46,1% do total de favelas e comunidades do país. Em número de habitantes, os estados que têm mais gente vivendo nestes lugares são Amazonas (34,7%), Amapá (24,4%) e Pará (18,8%). A favela mais populosa do Brasil é a Rocinha, no Rio de Janeiro, com 72.021 moradores.
De acordo com o IBGE, favelas e comunidades urbanas são territórios populares originados das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva, às suas necessidades de moradia e usos associados ao comércio, serviços, lazer e cultura. Elas se formam a partir da insuficiência e inadequação das políticas públicas e investimentos privados dirigidos à garantia do direito à cidade.