Mesmo diante da alta dos juros futuros neste ano, o Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, garantiu por diversas vezes que o banco não subiria os juros do crédito imobiliário. Mas a promessa foi descumprida: o intervalo da taxa cobrada da linha corrigida pela Taxa Referencial (TR) aumentou da faixa de 7% a 8% ao ano para 8% a 8,99% ao ano.
Esta linha de financiamento representa a maior parte dos empréstimos concedidos para a realização do sonho da casa própria. Segundo publicou o jornal O Estado de São Paulo, “considerando o ponto médio da taxa, a prestação de um financiamento de R$ 300 mil aumentará de R$ 2.646,81 para R$ 2.879,78”. O reajuste entrou em vigor em 23 de novembro. De acordo com a reportagem do Estadão, “a nova taxa da linha corrigida pela TR aparece no site da Caixa. A página não informa, no entanto, que os reajustes aconteceram, nem traz comparativos. Os dados anteriores foram coletados pela reportagem em outubro junto à assessoria de imprensa do banco”.
A linha de crédito imobiliário da Caixa corrigida pela poupança não foi mexida. As taxas permanecem inalteradas, a partir de 2,95%. Mas outras linhas apresentaram reajustes nos últimos meses. A linha atrelada ao IPCA, por exemplo, sofreu um pequeno aumento no piso, passando de 3,55% a 4,95% para 3,95% a 4,95% ao ano. Já a modalidade de financiamento com taxa fixa foi de 8,25% a 9,75% para 9,75% a 10,75% ao ano.
Para a imprensa, o Presidente da Caixa passou a dizer que a Caixa foi forçada a ajustar taxas por conta da piora do ambiente econômico. Ele disse que não era possível não deixar de repassar o aumento dos juros, mas que não o fez completamente. Guimarães falou que não vai faltar crédito imobiliário na Caixa e que em 2022 o crescimento dos financiamentos imobiliários deve ficar em torno de 10%.
Publicado em 02/01/2022