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Caixa lança pacote de R$ 43 bilhões para estimular setor da construção civil

Empresas terão mais flexibilidade, mas não poderão demitir seus funcionários por 60 dias

Com o intuito de estimular o setor da construção civil durante a crise provocada pela pandemia, a Caixa Econômica Federal anunciou um pacote de medidas no valor de R$ 43 bilhões para antecipar recursos para as empresas e aliviar os mutuários. A ideia também é incentivar o crédito imobiliário, e para isso novos compradores ganharam um prazo de seis meses para começar a pagar suas prestações. Já mutuários inadimplentes, com até duas prestações em atraso, poderão renegociar o contrato, optando, inclusive, pela suspensão do pagamento das prestações por seis meses ou pelo pagamento parcial da dívida. Segundo o Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o pacote foi preparado com o apoio do setor produtivo, que se comprometeu a manter os empregos por 60 dias. Ele disse que a Caixa investiu R$ 154 bilhões (incluindo ações anteriores) para combater os efeitos do coronavírus na economia. Uma das medidas do pacote anunciado é a antecipação de até 20% do financiamento de empreendimentos que ainda vão começar, bem como recursos correspondentes até três meses, limitada a 10% do custo financiado, para obras em andamento e sem atrasos no cronograma. As empresas também poderão solicitar pausa nos pagamentos por até 90 dias, para as adimplentes ou inadimplentes até duas prestações. As construtoras poderão reformular o cronograma de suas obras, por conta da pandemia, prorrogando o início da construção por até 180 dias. “Com essa nova medida, 1,2 milhão de pessoas vão conseguir manter o seu trabalho nesse momento de crise de saúde e crise econômica e nós conseguimos 530 mil unidades habitacionais que vão ser construídas”, garantiu Guimarães. “A Caixa está buscando a adequação do fluxo de caixa, dos compradores de imóveis e das incorporadoras. Estas medidas são fundamentais para manter 2,4 milhões de empregos diretos e indiretos”, elogiou o Presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França.

Publicado em 04/05/2020

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