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Caixa reformula Plano Empresário para estimular concessão de empréstimos para construtoras

Banco dará até seis meses de carência no financiamento da casa própria para pessoas físicas

A Caixa Econômica Federal anunciou, em 28 de abril, um pacote de estímulos ao mercado imobiliário. Linha de financiamento do banco destinada à construção pelas empresas, o Plano Empresário, foi reformulada, já que encolheu este ano, ao contrário do empréstimo para pessoas físicas. O Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, informou que o novo Plano Empresário vai cortar pela metade a quantidade de documentos exigidos para liberação de recursos, para oferecer mais agilidade à concessão de empréstimos. A medida começa a valer em 18 de maio.

De acordo com Guimarães, a taxa promocional de contratação pelas construtoras, de 3% ao ano mais taxa referencial (TR), terá a validade estendida até 30 de junho. Após esta data, retornará ao patamar de 3,32% mais TR. Outra novidade é que as construtoras também passarão a ter quatro opções de indexadores nos contratos de financiamento: TR, Poupança, IPCA e CDI – semelhante ao que já acontece para pessoas físicas. Além disso, o banco facilitará o financiamento para obras em que há doação de terrenos por um ente público, um tipo de negócio associado a empreendimentos para famílias carentes.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, elogiou o que considerou “sensibilidade” da Caixa sobre as novidades. Ele disse que a queda na demanda das construtoras por financiamentos se deve à percepção de que o poder de compra da população diminuiu com a inflação e deve esfriar as vendas de imóveis nos próximos meses. “O financiamento que o empresário toma hoje é para bancar o lançamento dos projetos amanhã. A queda no Plano Empresário mostra os empresários antevendo essa situação”, afirmou, considerando que as medidas da Caixa estimularão os negócios novamente daqui em diante.

Há novidades, também, para as pessoas físicas. Nas novas contratações de crédito imobiliário para este público, o banco dará até seis meses de carência no financiamento, e isso vale para imóveis novos e usados, em todas as linhas com recursos da poupança.

Guimarães pontuou que em 2020 e 2021 a Caixa ofereceu pausas em contratos ativos de financiamento pelo mesmo prazo. “Com taxas maiores, nós estamos comprimindo os spreads, dando carência de seis meses, como nós fizemos há dois anos, ou seja, estamos ajudando a sociedade, as empresas e os clientes”, afirmou ele, acrescentando que a instituição chegou a pausar três milhões de contratos durante a pandemia.

A Caixa prevê chegar a R$ 170 bilhões em financiamento em 2022, considerando as linhas com recursos da poupança e do FGTS. Se isto de fato acontecer, representará uma expansão de 21,4%. No primeiro trimestre, o montante chegou a R$ 34,4 bilhões, um avanço de 17,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Publicado em 02/05/2022

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