A Caixa Econômica Federal anunciou que seu lucro líquido em 2006 foi de R$ 2,39 bilhões, valor 15,45% maior do que o lucro líquido de 2005, quando a caixa apurou R$ 2,07 bilhões. O ano de 2006 trouxe um retorno de 26% sobre o patrimônio líquido, que cresceu 15% sobre o saldo de 2005, passando de R$ 7,952 bilhões para R$ 9,182 bilhões. Em dezembro de 2006, o Índice de Basiléia, que mede os ativos ponderados pelo risco, estava em 25,29%. Na área da habitação, a Caixa aplicou R$ 13,850 bilhões – sem considerar os mais de R$ 380 milhões de consórcio – e mais R$ 3,739 bilhões em saneamento e infra-estrutura. Segundo a presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho, o desafio da CAIXA neste ano é continuar aumentando o volume de crédito concedido às pessoas físicas e jurídicas, tanto no segmento comercial quanto no de habitação e saneamento básico. “A CAIXA é o principal agente do governo no programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Cerca de 20% dos investimentos do programa serão geridos pela instituição”, afirmou. “Para 2007 são R$ 17,4 bilhões em habitação e R$ 7,2 bilhões em saneamento e infra-estrutura”, ressaltou a executiva. Os números apurados em 2007 também são significativos. Os financiamentos com recursos da poupança fecharam o bimestre com alta de 67%. Entre janeiro e fevereiro deste ano já foi emprestado R$ 1,59 bilhão, frente aos R$ 954 milhões desembolsados no mesmo período de 2006. Apenas a Caixa Econômica Federal é responsável por R$ 602 milhões – 37,8% do mercado. O volume é 77,8% maior que os R$ 338,6 milhões do mesmo período do ano passado. Segundo a Caixa, em número de unidades, os 18.676 contratos resultaram em uma evolução de 53,4% no bimestre, em relação às 12.174 unidades financiadas entre janeiro e fevereiro de 2006 por todos os bancos que operam no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). O volume movimentado nos dois primeiros meses de 2007 foi suficiente para atender 8.964 famílias – 60,3% mais que as 5.411 do mesmo período de 2006. O número de beneficiados é ainda maior quando acrescidos os financiamentos feitos nos 15 primeiros dias de março, elevando o total para 12.406 famílias atendidas (R$ 838,3 milhões). O número de novos negócios já é 77,5% maior que os 6.986 (R$ 440,2 milhões) contratos feitos entre janeiro e 15 de março de 2006 com recursos da poupança. Segundo Jorge Hereda, vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Governo da CAIXA, são vários os fatores que impulsionaram a alta no mercado imobiliário como um todo e principalmente no âmbito do SBPE. “O cenário econômico favorável, o estímulo ao crédito e o recente anúncio de investimentos expressivos em desenvolvimento urbano dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) influenciaram muito”, disse. “Mas acredito que o mais importante foi que os bancos viram que o financiamento imobiliário é um produto interessante hoje”, acrescenta. Neste ano, a Caixa Econômica Federal garante que tem disponíveis R$ 17,4 bilhões para habitação, dos quais R$ 4 bilhões são provenientes da poupança. O volume total é suficiente para atender cerca de 800 mil famílias, das quais 60 mil com cartas de crédito SBPE. De acordo com a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) a expectativa é fechar o ano com R$ 12 bilhões em novos negócios – incluindo o orçamento da CAIXA.