Fintech de soluções de créditos, com US$ 879 milhões em investimentos recebidos e de mais de 13 milhões de solicitações de empréstimos, a Creditas vai realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO), mas não em 2024. Foi o que garantiu seu fundador e CEO, Sergio Furio, ao garantir que a prioridade é alcançar o breakeven – o equilíbrio das contas – e fazer com que a empresa “caminhe com suas próprias pernas”, segundo suas próprias palavras.
– Em 2024, devemos atacar uma taxa média de crescimento de 35% ao ano, o que basicamente fará com que a Creditas dobre de tamanho a cada dois anos e meio. Queremos reinvestir o lucro e fazer com que a empresa cresça com seu próprio capital – disse o executivo, ao portal Startups.
Sergio lembrou que um IPO “não se faz da noite para o dia”, que é preciso olhar com muito cuidado para as condições do mercado e da própria companhia e que a Creditas está, sim, próxima do cenário considerado ideal para a abertura de seu capital. Segundo ele, o momento do mercado, no entanto, não é favorável.
– Estou vendo uma mudança positiva rápida no mercado, a impressão é que está se abrindo, ficando mais aquecido. Mas ainda em compasso de espera com os juros nos Estados Unidos – ressaltou, revelando que a provável abertura de capital acontecerá nas bolsas americanas porque boa parte dos investidores é do exterior.
A última rodada de investimentos aconteceu em janeiro de 2022, e a Creditas anunciou que está estudando a realização, ainda este ano, de uma nova captação de recursos para financiamento das operações em 2024.
– Temos a sensação de que o mercado está buscando empresas com um certo tamanho, que faturem a partir de US$ 500 milhões a US$ 700 milhões ao ano. A Creditas fatura cerca de US$ 400 milhões. Estamos pertinho, mas com pouca pressão. Estamos bem capitalizados e com o breakeven temos menos urgências de fazer captações – revelou Furio.
De acordo com informações da companhia, no terceiro trimestre de 2023 o faturamento foi de R$ 482 milhões, o que representa um crescimento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro bruto da companhia apurado foi de R$ 170,9 milhões, um aumento de 219% sobre o terceiro trimestre do ano anterior.