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CRIs desempenharão um papel cada vez mais importante no financiamento da casa própria

Em 2023, o volume de emissões de CRI atingiu um recorde histórico: cerca de R$ 50 bilhões, um aumento de 25% em relação ao ano anterior

A emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) tem apresentado, nos últimos anos, um crescimento esplêndido, se consolidando como um funding essencial para o financiamento do setor imobiliário. Trata-se de um ativo robusto e muito eficiente, que traz benefícios reais para investidores e incorporadoras, na comparação com as tradicionais linhas de crédito imobiliário.

“Desde a sua criação, houve um aumento significativo nas emissões, refletindo a confiança do mercado e a atratividade desse instrumento. A regulamentação sólida e o ambiente econômico favorável têm contribuído para essa evolução, proporcionando mais segurança e previsibilidade para todos os envolvidos. Em 2023, por exemplo, o volume de emissões de CRI atingiu um recorde histórico, totalizando cerca de R$ 50 bilhões, um aumento de 25% em relação ao ano anterior. Há uma correlação direta entre o crescimento, os lançamentos imobiliários e as emissões de CRI. Nos últimos anos, à medida que mais CRIs são emitidos, observamos aumento de novos projetos, o que indica a eficácia do instrumento como catalisador do desenvolvimento urbano”, informa o jornal Valor Econômico, em artigo sobre o assunto.

De acordo com o jornal, os CRIs representam, hoje, nada menos do que 35% do total de crédito disponível no mercado imobiliário, o que evidencia sua importância como fonte de financiamento da casa própria e na expansão do setor imobiliário. Há cinco anos, essa porcentagem era de apenas 20%.

“Em 2023, o número de novos empreendimentos lançados no Brasil aumentou 15%, em grande parte devido ao acesso facilitado a financiamentos por meio de CRI. Esse aumento na oferta de crédito tem permitido que incorporadoras e construtoras tenham acesso a recursos de forma mais eficiente e menos onerosa, contribuindo para a expansão do setor. A confiança dos investidores na solidez dos CRI tem proporcionado um fluxo constante de capital, incentivando o crescimento e a sustentabilidade dos novos empreendimentos. A qualidade dos ativos subjacentes e a estrutura jurídica dos CRIs oferecem um nível de segurança que atrai uma base diversificada de investidores. A diversificação do risco e a transparência desse instrumento são fatores cruciais que aumentam a confiança”, avalia o artigo do Valor.

Os CRIs ganham cada vez mais espaço neste cenário diante dos empréstimos tradicionais, mais caros por conta da alta dos juros. “Os FIIs (fundos imobiliários) também têm sido uma fonte importante de financiamento. Eles proporcionam liquidez e uma diversificação significativa para investidores, além de oferecerem uma forma de captação de recursos para incorporadoras. Contudo, os CRIs apresentam uma vantagem distinta ao oferecerem uma estrutura de securitização que pode atrair diferentes perfis de investidores, incluindo aqueles que buscam retornos mais estáveis e previsíveis, alinhados com os fluxos de caixa dos projetos. É importante notar que muitos FIIs são compradores de CRI, demonstrando a interdependência e a sinergia entre esses instrumentos”, acrescenta o artigo do jornal.

“A evolução dos CRIs no mercado de capitais não apenas oferece uma alternativa competitiva e eficiente às linhas de crédito tradicionais, mas também desempenha um papel fundamental no crescimento dos lançamentos imobiliários. A trajetória de crescimento dos CRIs no Brasil é um indicador claro de sua eficácia como instrumento financeiro, proporcionando benefícios tangíveis tanto para investidores quanto para o setor imobiliário como um todo. À medida que o mercado de capitais brasileiro continua a evoluir, espera-se que os CRIs desempenhem um papel ainda mais proeminente, sustentando o desenvolvimento sustentável e a inovação no financiamento imobiliário”, finaliza o Valor Econômico.

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