Desde 1º de julho as financeiras estão autorizadas pelo Banco Central a emitir LCI (Letras de Crédito Imobiliário). Até esta data, apenas bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, a Caixa, associações de poupança e empréstimo, companhias hipotecárias, bancos de investimento e cooperativas de crédito podiam fazê-lo.

Por meio de nota, o Banco Central pontuou que as financeiras agora dispõem de mais um instrumento de captação, com potencial de incentivar o mercado de crédito imobiliário. “O Banco Central busca proporcionar maior modernização a tais instituições, posicionando-as mais adequadamente em relação às instituições de segmentos que desempenham atividades concorrentes ou similares”, ressaltou o BC.

 O BC vem estudando novas formas de funding para o crédito imobiliário, inclusive elencando o assunto na lista de prioridades da agenda regulatória da autoridade monetária para 2025 e 2026. “Há consenso no mercado que o nosso modelo hoje, onde a poupança é a fonte primária de funding para crédito imobiliário, tem apresentado esgotamentos. A questão é qual solução a gente vai enfrentar. Esse é um debate que a gente vai conduzir no tempo. Além disso, que características os contratos imobiliários devem ter nesse ambiente onde devemos ter um funding provavelmente mais volátil, como os contratos devem se comportar em relação a esse ambiente”, explicou o Diretor de Regulação do BC, Gilneu Vivan.