O Governo Federal pretende ampliar a linha Pró-Cotista, que oferece financiamento a taxas reduzidas para cotistas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) comprarem a casa própria, e isso foi revelado aos próprios empresários da construção civil, no início de junho, em uma reunião reservada com representantes do setor.

O objetivo do Governo Federal é cortar os juros da linha de 8,4% para 7,6% ao ano (além dos juros, há o acréscimo da taxa referencial). A medida, porém, depende da autorização do Conselho Curador do FGTS. Segundo empresários que estiveram nesta reunião, o Governo também demonstrou a intenção de elevar o orçamento da linha, hoje em R$ 1,5 bilhão. Não se falou em valores, porém.

O Governo Federal quer aumentar os financiamentos do Pró-Cotista por conta da “sobra” de recursos no FGTS, já que a quantidade de projetos contratados elas construtoras caiu assustadoramente diante da disparada dos custos. Assim, o orçamento do FGTS para habitação está sendo remanejado, na forma de aumento de subsídios e corte nas taxas de juros para aumentar a atratividade das operações.

A linha Pró-Cotista oferece o financiamento de residências, novas ou não, em qualquer ponto do País até R$ 1,5 milhão. Trata-se da linha mais barata de crédito imobiliário fora do Casa Verde e Amarela, com taxas de mercado entre 8,5% e 10% ao ano. A reunião com os empresários foi comandada pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo Presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e também serviu também para discutir a implementação do pacote de estímulos ao mercado imobiliário anunciado em maio. Entre os pontos que ainda aguardam o aval do colegiado, está o aumento de 10% no limite de renda das famílias atendidas pelo Casa Verde e Amarela.

Publicado em 01/07/2022