O volume de concessões de crédito com garantia de imóvel (CGI) – também conhecido como “home equity” – registrou um crescimento de 50,3% de janeiro a junho de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado, informou a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Segundo a entidade, o estoque da modalidade está em R$ 12,3 bilhões, distribuídos entre cerca de 95 mil contratos.
Especialistas dizem que algumas das principais motivações de quem busca o home equity são reformas do próprio imóvel dado como garantia, pagamento de dívidas com juros mais altos e investimentos em um negócio próprio.
Segundo a CrediHome, a procura pelo home equity cresceu mais de 1.400%, no primeiro semestre, em comparação com igual período de 2020, e as concessões foram 200% maiores. Já o Santander contabilizou um salto de 32% em sua carteira de home equity, de janeiro a junho, e hoje tem R$ 2,7 bilhões concedidos.
“Temos um enorme caminho a ser percorrido, mas há demanda”, garante a Presidente da Abecip, Cristiane Portella. “As mesmas pessoas que tomam financiamento imobiliário temem o home equity. Mas os dois seguem o mesmo processo de alienação fiduciária”, disse Bruno Gama, Presidente da CrediHome. “O home equity é indicado para reorganização de dívidas, incluindo aí a troca de dívidas mais pesadas, como as de cartão de crédito e o cheque especial; o investimento no próprio negócio; ou a abertura de uma nova empresa”, explicou Sandro Gamba, Diretor de Negócios Imobiliários do Santander.
Publicado em 01/09/2021