Assim como em junho, a variação do IGMI-R/ABECIP de julho acelerou na perspectiva mensal, passando de 0,48% do mês anterior para 0,63%, no entanto desacelerou na variação acumulada em 12 meses, passando de 12,07% em junho para 11,49% em julho. Tal desaceleração nos 12 meses acumulados, segundo a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), foi registrada em 9 das dez capitais consideradas, a exceção do Rio de janeiro, onde o resultado de julho foi praticamente igual ao de junho – 10,94% e 10,92%, respectivamente.
Segundo a Abecip, Belo Horizonte registrou a maior desaceleração no acumulado de 12 meses, indo dos 10,54% apurados em junho para 9,76% em julho. “Esse resultado colocou Belo Horizonte no ponto mais abaixo da média nacional, enquanto Porto Alegre, mesmo com a desaceleração nos resultados mensal e acumulado em 12 meses, permaneceu como o resultado mais elevado (13,17%) em relação à média nacional”, informa a entidade.
“Essas diferenças regionais, no entanto, não impactaram a tendência de convergência entre as capitais analisados, interrompida a partir de 2020 e retomada a partir de 2022, como mostra o gráfico abaixo. As perspectivas para a evolução dos preços dos imóveis residenciais no Brasil, apesar da desaceleração nos resultados nominais, ainda implicam na manutenção dos ganhos em termos reais, na medida em que os índices de preços mantêm uma trajetória de desaceleração ainda mais intensa. Nesse início de segundo semestre, o sentimento dos empresários do setor de construção civil residencial ainda não apresenta tendência clara. A evolução dos preços reais dos imóveis residências nos próximos meses ainda não possui uma tendência clara, na medida em que continua condicionada a outros fundamentos que impactam o mercado de trabalho e crédito, em particular à implementação das reformas estruturais no lado fiscal da economia brasileira”, avalia a Abecip.