Um levantamento promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrinc) comprova que o mercado imobiliário brasileiro passa por profundas transformações graças ao uso da Inteligência Artificial (IA). Produzido pela Brain Inteligência Estratégica, o estudo mostra que 19% das empresas do segmento já utilizaram ou utilizam uma ou mais ferramentas de IA, que estão mudando a forma como as pessoas compram e vendem imóveis.
O principal uso da IA, aponta a pesquisa, é voltado para a análise de dados. As ferramentas utilizadas coletam e processam uma enorme quantidade de informações sobre o mercado, inclusive preços históricos, tendências de bairros, taxas de juros e outros, para uma decisão mais assertiva. Essas análises, por exemplo, apontam para uma precificação precisa e identificação de áreas com potencial valorização. Em suma, essas ferramentas utilizam algoritmos para entender as preferências dos compradores e, assim, podem orientar para uma melhor venda.
Os atendimentos também estão sofrendo mudanças radicais com o uso da IA. Por meio de chatbots, por exemplo, clientes têm respostas em tempo real para suas dúvidas sobre um determinado imóvel à venda, 24 horas por dia, sete dias por semana. As visitas virtuais aos imóveis também foram remodeladas, com a ajuda da IA. E mais: com uma análise de crédito e histórico financeiro profunda, realizada por IA, compradores são analisados mais rapidamente, e os negócios são feitos em um tempo menor.
Segundo a Abrainc, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) também contribui para o fortalecimento da segurança no mercado imobiliário, pois estabelece diretrizes rigorosas para a coleta, processamento e armazenamento de informações pessoais, garantindo que os dados dos clientes sejam tratados com o devido respeito à privacidade e segurança. E a IA complementa essa segurança, permitindo, por exemplo, a utilização de criptografia para proteção de vendedores e compradores.