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MCMV: número de unidades vendidas entre os meses de março de 2023 e 2024 cresce 56,4%

Segundo a ABRAINC, as vendas elevaram em 66,4% o volume movimentado pelo segmento econômico no período

A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) divulgou que entre os meses de março de 2023 e 2024 aumentaram 56,4% as vendas de unidades habitacionais enquadradas no programa Minha Casa, Minha Vida. Dessa forma, estas vendas elevaram em 66,4% o volume movimentado pelo segmento econômico no período, apontou a entidade. E mais: foi registrado nestes 12 meses um acréscimo de 43,6% no valor de venda das unidades nos lançamentos. 

“Estamos acompanhando atentamente o movimento do mercado. Os lançamentos feitos neste ano foram um sucesso de vendas, com destaque para o Heitor dos Prazeres Pierrot, na Região Portuária, que foi lançado em abril e já tem mais de mil unidades vendidas, e o Nova Norte Ginga, em Irajá, com mais de 120 vendas em menos de 15 dias de lançamento”, comprova o Gerente Comercial Rio de Janeiro e São Paulo da Cury, Adriano Affonso, em entrevista ao jornal Extra.

Affonso disse que a demanda, o aumento da oferta e o alto valor dos aluguéis (muitas vezes similar à parcela de um financiamento imobiliário) contribuem para o aquecimento do segmento econômico na construção civil. No caso do Rio de Janeiro, acrescenta ele, o novo Plano Diretor da cidade também está turbinando os resultados.  “Além da instabilidade econômica, o Rio enfrenta o emprego informal. O crescimento do mercado também aumenta a concorrência, e o desafio da Cury é continuar lançando em regiões com demanda reprimida, ofertando preços competitivos e diferenciais em seus projetos”, disse o executivo.

Também ouvido pelo Extra, o Diretor Comercial da Direcional, Adriano Nobre, afirmou que as mudanças no MCMV, como aumento das faixas de renda e do limite do valor das unidades, também influenciaram muito positivamente nos resultados. “Os clientes da faixa 3, com até R$ 8 mil de renda, ainda enfrentam dificuldade para aprovar o crédito para imóveis de R$ 350 mil, que é o limite para a faixa. Muitas vezes, a aprovação só acontece quando o comprador tem um bom valor no FGTS para dar de entrada. Há algo ainda descasado aí”, alertou ele.

Nobre destacou o potencial do FGTS Futuro, que viabiliza o uso dos depósitos que ainda serão realizados pelos empregadores no fundo para pagar as prestações do financiamento. “É uma novidade que ainda está em fase de maturação. Mas, a partir do momento em que for mais bem compreendido pelos compradores, com certeza será um grande incentivo”, acredita.

Por sua vez, o Superintendente da Living e da Vivaz, Alain Deveza, o mercado está atendendo a demanda dos compradores do MCMV, oferecendo projetos de qualidade, boa localização e preço justo. Para ele, esse é o grande desafio do mercado. “A conta precisa ser fechada para a construtora e para o cliente que vai comprar uma unidade. Com o índice dos preços ao consumidor mais estabilizado, as construtoras conseguem equilibrar melhor as contas. Os compradores sempre existiram, mas talvez o mercado não estivesse conseguindo oferecer produtos viáveis para enquadramento nas regras do programa e para atender à demanda. Isso mudou com as últimas atualizações”, conclui Deveza.

 

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