As novas regras para o financiamento habitacional com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no Distrito Federal e nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo já valem em 1º de março. As alterações do Conselho Curador do FGTS foram divulgadas em setembro do ano passado, mas só anteontem as instruções normativas que as regulamentam foram publicadas no Diário Oficial da União. O governo elevou os limites de avaliação dos imóveis financiados e da renda familiar dos candidatos ao financiamento. As linhas com recursos do FGTS se destinam a mutuários com renda familiar de até R$ 4.900 mensais. O ministro das Cidades, Márcio Fortes, disse que o objetivo da mudança é adequar as regras à realidade do mercado imobiliário nestas três regiões, onde as unidades habitacionais são mais valorizadas. Os empresários com assento no conselho queriam a ampliação para todo o país, mas a medida foi restrita por pressão dos sindicalistas, que preferem aplicar recursos nas faixas de mais baixa renda. Para a construção ou compra de residências novas e na planta, o limite de avaliação do imóvel passou de R$ 72 mil para R$ 80 mil. A renda familiar ficou mantida em R$ 3.900 mensais nesses casos. Nas chamadas operações especiais, para famílias com renda entre R$ 3.900 e R$ 4.900, o limite subiu de R$ 80 mil para R$ 100 mil. Os empréstimos cobrem até 100% do valor do imóvel. Na compra de residências usadas, houve duas mudanças. Além do limite de avaliação ter passado para R$ 80 mil, poderão se candidatar trabalhadores com salário de até R$ 3.300 – antes, o teto era R$ 3.000. O financiamento cobre 90% do valor. O limite de avaliação do imóvel nos empréstimos para conclusão, ampliação, reforma ou melhoria aumentou de R$ 62 mil para R$ 68 mil e a renda familiar de R$ 2.400 para R$ 2.650. O limite de crédito para a compra de material de construção também foi elevado para R$ 68 mil, com o teto da renda subindo de R$ 1.500 para R$ 1.650. Por fim, o empréstimo para a compra de lote urbanizado foi de R$ 20 mil para R$ 22.000 mil e a faixa de renda, de R$ 1.500 para R$ 1.650.