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Tecnisa, EZTec e Tendam fecham o ano sem conseguir cumprir o VGV lançado

Piora do cenário macroeconômico explica esta situação nas três incorporadoras de capital aberto

As incorporadoras de capital aberto Tecnisa, EZTec e Tenda fecharam o ano sem conseguir cumprir o Valor Geral de Vendas (VGV) que pretendiam lançar. O motivo? Cautela por parte do setor por conta da piora do cenário macroeconômico. Segundo as três empresas, as vendas de imóveis residenciais, principalmente destinados à classe média, estão caindo, e no segmento de baixa renda as margens são pressionadas pelos custos elevados.

A Tecnisa, por exemplo, informou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que apresentou ao mercado o VGV de R$ 1,1 bilhão no biênio 2020-2021. Em 20 de dezembro, no entanto, a incorporadora informou sobre a revisão desta projeção devido à “percepção da administração sobre seus negócios e a conjuntura da economia brasileira e do mercado imobiliário”. “As premissas consideradas para sua determinação estão sujeitas a fatores que escapam ao controle da administração, tais como alterações políticas, macroeconômicas e regulatórias, que podem afetar as condições do mercado e levar a revisão nas projeções”, informou a Tecnisa por meio de fato relevante.

A EZTec tinha como “guidance” para o biênio 2020-2021 a faixa de R$ 4 bilhões a R$ 4,5 bilhões. Em 2020, os lançamentos imobiliários da incorporadora chegaram a R$ 1,2 bilhão. Seriam necessários, pelo menos, R$ 2,8 bilhões para que a meta bienal fosse atingida. Até 17 de dezembro, a companhia havia lançado R$ 1,9 bilhão e, a partir daí, não divulgou a apresentação de nenhum outro projeto ao mercado. Já a Tenda não apresentou o VGV pretendido, segundo seu Presidente, Rodrigo Osmo. Ele informou que o total inferior ao planejado resultou da postergação de “lançamentos não rentáveis”.

Publicado em 01/02/2022

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