O Programa Minha Casa Minha Vida tem estimulado a venda de apartamentos, amenizando a crise do setor diante da pandemia do novo coronavírus. Segundo publicou o jornal O Estado de São Paulo, as construtoras que atuam no programa estão sentindo um impacto menor nas vendas se comparadas àquelas que trabalham apenas com empreendimentos de médio e alto padrão, cujas vendas caíram em torno de 65%. Ao jornal, a construtora Tenda disse que abril foi o melhor mês de vendas do ano. “Nosso cliente é resiliente”, disse o Diretor de Relações com Investidores, Renan Sanches, pontuando que a empresa tem vendido essencialmente por canais digitais. A Direcional também foi consultada e disse que as vendas de unidades do PMCMV em abril e maio estão em um mesmo patamar do primeiro semestre do ano, ou seja, não caíram por conta da pandemia. “As vendas estão saudáveis dentro do contexto em que estamos vivendo”, garante o Presidente da companhia, Ricardo Ribeiro. O mercado espera que o PMCMV ganhe ainda mais representatividade no total dos negócios nos próximos meses. Hoje, o programa responde por 79% dos lançamentos e 71% das vendas em todo o Brasil, segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Vale lembrar que o Governo Federal estuda mudanças para o programa pós-pandemia, entre as quais a redução da taxa de juros. “Nas classes média e alta, as vendas certamente foram muito mais afetadas, porque esse cliente se isolou dentro de casa. Ele não tem a urgência para comprar como no segmento de baixa renda”, disse Raphael Horn, Copresidente da Cyrela, companhia voltada para empreendimentos de alto padrão.
Publicado em 01/06/2020