No início do ano, a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) mostrava-se bastante otimista com o mercado imobiliário brasileiro e apontava uma expectativa de crescimento de 27% em 2021. Mas diante de um primeiro trimestre tão positivo – segundo a entidade de janeiro a março foram concedidos um total de R$ 43,1 bilhões em financiamentos da casa própria, um novo recorde – as projeções foram revistas e, agora, espera-se por um crescimento de algo em torno de 34%.
De acordo com a Abecip, em 2020 o crescimento na concessão de crédito imobiliário foi de 57,5%, se comparado aos números do ano anterior, com um total de R$ 124 bilhões financiados. Para este ano, espera-se que os financiamentos cheguem a R$ 170 bilhões (para imóveis novos e usados).
“Em primeiro lugar, ainda há um déficit habitacional muito grande no Brasil, o que significa que há uma demanda enorme para a aquisição da primeira casa ou a troca pela segunda. E também tivemos uma redução importante nos juros. A conjuntura atual colocou muito mais pessoas no jogo, em condição de comprar um imóvel ou mudar para um maior. Outra questão positiva é a possibilidade de se usar diferentes indexadores no financiamento. O consumidor acaba tendo mais opções, o que acirra a competição entre os bancos. Com isso, não temos visto o repasse direto da alta da Selic, pelo menos por enquanto”, disse a Presidente da Abecip, Cristine Portella.
Publicado em 01/06/2021