Entre julho e setembro o mercado de aluguéis corporativos teve seu melhor trimestre nos últimos cinco anos, com uma absorção bruta de 73 mil m², enquanto o saldo entre locações e devoluções (absorção líquida) foi de 48 mil m². No trimestre anterior, a absorção líquida foi de 3 mil m², enquanto no mesmo período do ano passado, o indicador foi de 31 mil m². Já a absorção líquida acumulada de janeiro a setembro está em 75 mil m², acima de todo o ano de 2023 e já é o melhor indicador desde 2019.
De acordo com especialistas, o movimento de alta foi puxado pela prefeitura, que ocupou prédios ociosos há oito anos. Segundo publicou O Globo, “do total líquido absorvido no trimestre, 68% coube à Prefeitura, que é a nova inquilina das lajes na Barra da Tijuca concebidas para abrigar a imprensa na cobertura das Olimpíadas de 2016 — e que estavam vagas desde então. Mas a demanda foi positiva em todas as regiões da cidade, com alta mais significativa na Barra da Tijuca, Cidade Nova e Botafogo”.
Ainda segundo o jornal, a taxa de vacância no terceiro trimestre ficou em 29,4%, o menor índice desde o final de 2016. O preço pedido médio de locação permanece estável: R$ R$73,58/m²/mês (ante R$73,81 /m²/mês no segundo trimestre). Nas principais regiões de escritórios, a média é levemente superior, fechando em R$ 75,13/m²/mês. As regiões mais valorizadas para locação seguem sendo Zona Sul, Botafogo e Porto Maravilha.
— Salvo haja uma retração na demanda, projetamos nova queda na taxa de vacância, uma vez que não há novos empreendimentos previstos para serem entregues a médio e longo prazos. Entretanto, o volume de oferta segue alto, a forte dependência de poucos setores na demanda como o governamental e de óleo & gás, e a instabilidade político-econômica do país, são fatores que seguem causando incertezas no mercado e dificultando uma recuperação mais robusta — afirmou a Diretora de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark, Mariana Hanania, ao O Globo.