De acordo com o relatório Desempenho Econômico da Construção Civil, promovido e divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil, o setor fechou os primeiros seis meses do ano apresentando resultados sólidos e animadores. O nível de atividade do setor em junho de 2024, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria, alcançou 49,9 pontos, o maior patamar registrado nos últimos 12 meses. Este resultado, destaca a CNI, equivale ao contabilizado no mesmo período do ano anterior, demonstrando a manutenção das atividades da construção.
O desempenho do mercado de trabalho formal da construção civil também apresenta crescimento, aponta o relatório da CBIC, que utiliza dados do Novo Cadeg para informar que a indústria foi responsável pela criação de 159.203 novos empregos com carteira assinada nos primeiros cinco meses do ano. O segmento de construção de edifícios foi responsável por 42,48% do total dos empregos gerados, enquanto os serviços especializados contribuíram com 32,93% e as obras de infraestrutura com 24,59%. Trata-se do melhor resultado para o período nos últimos 12 anos, e a construção civil se apresenta, hoje, como um dos principais geradores de emprego no país.
O documento da CBIC também analisa a questão salarial, e aponta, com dados do Novo Cadeg, que o salário médio de admissão no setor em maio de 2024 foi de R$ 2.290,41, superando a média geral de todas as atividades econômicas, que foi de R$ 2.132,64. E mais: 45,09% das novas vagas foram preenchidas por trabalhadores entre 18 e 29 anos. De acordo com o estudo da CBIC, São Paulo e Minas Gerais lideraram a criação de empregos no setor da construção, com os municípios de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Curitiba despontando como os principais polos de contratação. Em todo Brasil, somente os estados de Rondônia e Piauí contabilizaram retração no mercado de trabalho do setor no período analisado.
O relatório aponta que os custos do setor aumentaram: o Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) teve alta de 44,02% entre janeiro de 2020 e junho de 2024, bem acima da inflação, que cresceu 30,47% no mesmo período. A CBIC aponta os custos dos materiais de construção como o de maior impacto em custos da indústria, com um aumento de 60,28%.