O Banco Central publicou no início de junho, em seu site, um boxe sobre “portabilidade de crédito imobiliário”, com foco no ano de 2019. “A principal conclusão desta análise é que as taxas de juros repactuadas em contratos portados ou renegociados fora do escopo da portabilidade são compatíveis com os juros dos novos contratos realizados em taxas de mercado, que estão em trajetória de redu-ção e cuja média no final de 2019 era de 7,99% ao ano”, registrou o BC na conclusão do estudo. Tal box faz parte do Relatório de Economia Bancária (REB). Segundo o BC, quem trocou o financia-mento do imóvel em 2019 teve redução de juros: estudos revelam que 79,1% dos contratos em que ocorreu a portabilidade foram assinados entre o segundo semestre de 2015 e o primeiro de 2017, período que apresenta as maiores taxas de juros nas operações de crédito imobiliário. O banco in-formou que dos 4.610 pedidos de troca efetivados, a mediana da taxa de juros praticadas foi de 7,71%, o que representou uma queda de 2,99 pontos percentuais em relação às taxas originais. Ou-tros 1.340 mutuários solicitaram o pedido de portabilidade, mas não concluíram porque os bancos reduziram os juros por meio de renegociações. Nesses casos, a mediana das taxas passou para 7,9%. Além disso, segundo o BC mais de 28 mil 28 mil contratos foram renegociados espontaneamente pelos bancos, e assim nestes casos a mediana dos juros chegou a 8%. vale lembrar que desde abril as regras para a portabilidade do crédito imobiliário sofreram modificações. Desde então, aqueles que têm um financiamento pelo SFI (Sistema de Financiamento Imobiliário), onde as taxas de juros co-bradas pelos bancos são livres, pode transferir o contrato para o SFH (Sistema Financeiro da Habita-ção), com taxas mais baixas.
Publicado em 01/07/2020