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Banco Central divulga os 13 casos selecionados para a segunda fase de testes do Drex

Propostas escolhidas vão de tokenização de transações com imóveis e automóveis a otimização do mercado de câmbio

Em sua segunda fase de testes do Drex, o Banco Central busca a construção de uma infraestrutura em tecnologia de registro distribuído (DLT) para “tokenizar” o real e alguns tipos de ativos do sistema financeiro regulado. Para isso, divulgou os 13 casos de uso selecionados, de um total de 42 propostas apresentadas pelos 16 consórcios que participam da operação.

São eles: cessão de recebíveis, crédito colateralizado em CDB (Banco do Brasil, Bradesco e Itaú), crédito colateralizado em títulos públicos (Associação Brasileira de Bancos – ABBC, banco ABC e MB – Mercado Bitcoin), trade finance, otimização do mercado de câmbio (XP-Visa e Nubank), piscina de liquidez para negociação de títulos públicos, transação com CCBs (ABBC), transação com ativos do agronegócio (Tecban, MB e XP-Visa), transação com ativos em redes públicas (MB), transações com automóveis (B3, banco BV e Santander), transação com créditos e descarbonização (Santander), transações com debêntures (B3, BTG e Santander) e transações com imóveis (BB, Caixa e consórcio de cooperativas – SFCoop).

Essas instituições financeiras e empresas dos 16 consórcios participantes do projeto agora são responsáveis por tornar o Drex uma realidade. O Banco Inter, por exemplo, desenvolverá uma nova tecnologia para provar sua viabilidade dentro da blockchain permissionada da Hyperledger Besu, a rede DLT escolhida pela autoridade monetária para ser a base do Drex. Segundo seu Gerente de Tecnologias, Bruno Grossi, a solução não só precisa se sustentar, como deve ser compatível com o que foi feito até agora no piloto, em especial com as soluções de privacidade adotadas para “esconder” as transações realizadas por participante dentro da rede para que não haja violação da lei de sigilo bancário brasileira.

O Banco Inter, por exemplo, está participando de três temas selecionados: cessão de recebíveis (atuando junto com o banco ABC), financiamento de operações de comércio internacional — trade finance (sozinho) e piscina de liquidez para negociação de títulos públicos (junto com banco ABC e a corretora de criptomoedas MB – Mercado Bitcoin). Segundo Grossi, todos os casos de uso serão disponibilizados e avaliados por todos os consórcios. “Cada um dos casos de uso será testado por todo mundo. A colaboração sempre será bem-vinda”, disse ele.

Por meio de nota, o Bradesco informou que espera realizar sua  primeira operação de empréstimo com a inclusão do Certificado de Depósito Bancário (CDB) como ativo tokenizado na rede do Drex já no primeiro semestre do ano que vem. “O uso dos tokens simplificará e agilizar o processo de negociação e liquidação em operações de empréstimo com garantia para clientes pessoas físicas e jurídicas, permitindo que os ativos sejam operacionalizados pelo próprio cliente em produtos como crédito pessoal ou capital de giro”, informou o banco.

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