A Caixa Econômica Federal apenas aguarda a aprovação do Banco Central (BC) para colocar em operação seu banco digital, o que deve acontecer em seis meses. O Presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que o banco digital será uma instituição segregada da Caixa e que passará por um processo de abertura de capital. Segundo ele, a medida precisará ser aprovada pelo Conselho de Administração da instituição.
“Nosso objetivo é ter o banco digital aprovado e monetizado uma parte logo após essa aprovação, que esperamos que aconteça nos próximos seis meses. Será um banco em separado, sendo 100% da Caixa. Não faremos algo que será simplesmente uma Caixa, será um banco operacional”, disse Guimarães, pontuando que o banco digital será fundamental para o futuro da Caixa pois permitirá a ampliação da base de clientes e operações de crédito em grande escala, com custos reduzidos.
“Nós pretendemos realizar essa abertura de capital tanto fora do Brasil quanto dentro. Já venho conversando sobre isso, mas antes temos que ter as aprovações internas e externas”, adiantou o executivo. De acordo com Guimarães, a Caixa já apresentou os estudos da criação do banco digital ao Banco Central, a nova instituição já conta com cem funcionários exclusivos, sob cuidado de uma Vice-Presidência específica, e nascerá com um ativo de 105 milhões de contas virtuais.
O Presidente da Caixa disse, também, que o banco digital irá operar com pagamentos de benefícios sociais para 35 milhões de pessoas por mês e disponibilizará microcrédito para pelo menos dez milhões de pequenos empreendedores no curto prazo e crédito imobiliário para cinco milhões de famílias de baixa renda. A Caixa informou que já emitiu 95,8 milhões de cartões virtuais e que já foram realizadas R$ 45,1 bilhões em operações pelo Caixa Tem, aplicativo da instituição, que permite transações pelo celular.
Publicado em 01/12/2020