De acordo com dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o número de trabalhadores com carteira assinada na indústria da construção civil cresceu 6,71% em fevereiro, se comparado ao mesmo período do ano anterior: foram 2,829 milhões de profissionais contratados e registrados, 178 mil a mais do que no ano anterior. Foram registradas altas nos três segmentos – construção de edifícios (+5,72%), obras de infraestrutura (+7,25) e serviços especializados (+7,40%).
Segundo a entidade, o setor criou 712 mil novos postos formais comparando os meses de março de 2020 e fevereiro deste ano. No período, foram 6,218 milhões de novos empregos. Em fevereiro, o setor contabilizava 2.829.843 trabalhadores regidos pela CLT, e destaca-se que é o número mais alto de profissionais formalizados desde janeiro de 2015.
A CBIC destaca que, embora responda por 6,15% do total de carteiras de trabalho assinadas, a indústria da construção civil ofereceu 17,23% do total dos novos empregos formais gerados no país nos primeiros dois meses de 2024. O saldo foi de 81.774 novas vagas – ou 32,88% mais novos empregos do que no 1º bimestre de 2023. A construção de edifícios (+31,31%), as obras de infraestrutura (+34,31) e os serviços especializados (+33,95%) registraram índices semelhantes de crescimento, apontou a Câmara.
De acordo com dados do novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho (MTE), o salário médio de admissão no setor em fevereiro foi de R$ 2.237,53, ligeiramente maior do que a média de remuneração entre todos os outros grupamentos de atividades econômicas, incluindo atividades de indústria e serviços (R$ 2.082,79). O valor apurado em fevereiro ficou abaixo somente do grupamento Administração Pública, Defesa, Segurança, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais. “Isso demonstra a força do segmento no mercado de trabalho nacional”, disse Ieda Vasconcelos, Economista da CBIC.
A entidade anunciou a revisão de 1,3% para 2,3% sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor para 2024.