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CBIC reitera projeção da expansão do setor de 2,3% para o PIB este ano

Entidade acredita que o nível de atividade da construção se manterá dentro do esperado, apesar da alta dos juros

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) reiterou sua projeção de expansão do setor de 2,3% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, apesar das turbulências da economia, da subida dos juros e da alta dos insumos da construção civil. A entidade acredita que o nível de atividade da construção civil vai se manter dentro do esperado para o ano, e os novos incentivos ao programa Minha Casa, Minha Vida explicam boa parte deste otimismo.

A criação e entrada em vigor da faixa 4 do programa, para famílias com renda mensal até R$ 12 mil, está fazendo a diferença, aponta a entidade. “A expectativa mais positiva gerada, especialmente com a criação da faixa 4 do MCMV, contribuiu para a manutenção desse projeção de crescimento do PIB da construção. Esse é um sopro de esperança diante de um cenário tão desgastante com a taxa de juros num patamar tão alto”, confirmou a Economista-chefe da CBIC, Ieda Vasconcelos.

Nos três primeiros meses do ano, o setor criou 100 mil empregos com carteira assinada, o que equivale a 15,34% do total de novas vagas no país. Os números são muito positivos, porém 8,75% abaixo do montante contabilizado no mesmo período do ano passado. Em março o setor contava com 2,958 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o que corresponde a um aumento de 3,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O salário médio no setor, aponta a CBIC, foi R$ R$ 2.421, ante uma média nacional de R$ 2.225. “Mesmo com pressões de custos e cenário de juros ainda elevados, a construção civil mantém ritmo relevante de geração de emprego formal”, destacou o Presidente da CBIC, Renato Correa.

Nos últimos 12 meses, até março, o Índice Nacional da Construção (INCC) registrou alta de 7,54%, puxada especialmente pelo aumento nos salários. Já os custos com materiais e equipamentos aumentaram 6,09%, enquanto os custos com a mão de obra cresceram 9,96%. Segundo a CBIC, o índice de confiança do empresário da construção alcançou 47,2 pontos em abril, o menor patamar desde julho de 2020. A entidade informou que desde janeiro deste ano o indicador está abaixo dos 50 pontos, o que indica falta de confiança da categoria – a taxa de juros é apontada como a principal preocupação do setor, segundo 35,3% dos empresários consultados pela pesquisa, seguida da alta carga tributária (27,8%) e falta e alto custo de trabalhadores qualificados (27,1%).

“As dificuldades de crédito que a alta taxa de juros impõe e a elevação dos custos comprometem a viabilidade de projetos, afetam o equilíbrio econômico-financeiro das obras e dificultam o planejamento de novos empreendimentos, sobretudo na habitação de interesse social”, finalizou o Presidente da CBIC.

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