A construtora Cury anunciou que alcançou o melhor resultado de sua história em um trimestre, ao fechar os meses de janeiro a março deste ano com um lucro líquido de R$ 213,5 milhões, o que representa, segundo a companhia, uma alta de 51,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) do período foi de R$ 289,5 milhões, contabilizando um crescimento de 53,8% na mesma base de comparação anual. E mais: a margem Ebitda chegou a 23,8%, melhora de 1,3 ponto percentuais, e a construtora teve receita líquida de R$ 1,216 bilhão, alta de 45,2%, mais um recorde alcançado.
A Cury acredita que o lucro recorde reflete a expansão dos lançamentos e das vendas nos últimos meses, levando a um aumento da receita, com diluição das despesas e ganho de margem. “O resultado do trimestre está seguindo o ciclo de evolução da companhia. O aumento dos lançamentos e das vendas está chegando agora no indicador da receita líquida. Parece trivial, mas sabemos que não é. Crescer as operações e transformar isso em bons resultados financeiros é um grande desafio”, pontuou o Vice-presidente Comercial da Cury, Leonardo Mesquita, em entrevista ao portal InfoMoney.
Mesquita aponta como acerto fundamental a capacidade da construtora lançar empreendimentos em localidades com boa demanda, turbinando a velocidade das vendas, aumentado o preço dos imóveis e melhorando a margem de lucro da companhia. Embora os custos das obras estejam em alta, estiveram sob controle. “Não dá para dizer que esteja bom, mas ainda está dentro do planejado”, garantiu o executivo.
De acordo com a Cury, sua margem bruta ajustada chegou a 39%, avanço de 1,2 ponto percentuais, e a margem estimada com o resultado dos exercícios futuros (margem REF) foi de 43,1%, o que indica potencial para melhoras na lucratividade a medida em que as obras forem entregues. Já as despesas operacionais da empresa foram de R$ 195,6 milhões, o que representou um aumento de 42,4%, com elevação nas despesas comerciais, gerais e administrativas devido ao aumento das operações.
O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 14,5 milhões, o triplo na comparação anual, influenciada pela subida dos juros no País. Por fim, a construtora divulgou que a geração de caixa foi de R$ 25,7 milhões, alta de 50,4%. A Cury fechou o primeiro trimestre do ano com um caixa líquido de R$ 261 milhões, 39% menor na comparação anual.
A construtora anunciou que lançou 14 empreendimentos no primeiro trimestre de 2025, sendo nove em São Paulo e 5 no Rio de Janeiro, totalizando 9,1 mil apartamentos, que representam um valor geral de vendas (VGV) de R$ 2,666 bilhões, aumento de 77,8% em relação ao mesmo intervalo de 2024. O preço médio por unidade lançada foi de R$ 305 mil. As vendas líquidas chegaram a R$ 1,919 bilhão no primeiro trimestre de 2025, avanço de 44,6% na comparação anual.