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Indústria da construção civil gerou 110.921 novos empregos formais em 2024

Há sete anos consecutivos a Construção Civil registra resultados positivos em seu mercado de trabalho, aponta a CBIC

A indústria da construção civil gerou, em 2024, 110.921 novos empregos com carteira assinada, segundo dados do novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho. Foram 2.430.272 admissões e 2.319.351 desligamentos, e o segmento encerrou o ano com 2.858.990 trabalhadores formais, o que correspondeu a um aumento de 4,04% em relação a 2023, quando o número era de 2.748.069.

De acordo com a assessoria de comunicação da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), “todos os três segmentos da construção registraram resultados positivos. A construção de edifícios foi responsável pela criação de 45.837 novos empregos, enquanto as obras de infraestrutura responderam pelo surgimento de 4.567 novas vagas. Os serviços especializados para a construção se destacaram, com a formação de 60.517 novos postos de trabalho. Assim, o número de trabalhadores formais em todos estes segmentos cresceu, com destaque para o incremento de 6,39% nos serviços especializados e 4,38% na construção de edifícios”.

A entidade ressalta que há sete anos consecutivos “a construção civil vem registrando resultados positivos em seu mercado de trabalho, o que evidencia a sua importância na geração de renda e emprego no País”. De 2020 para cá, foram criados 800.378 novos empregos com carteira assinada, um aumento de 38,88% em apenas cinco anos.

 “Em 2024, o número de novos empregos com carteira assinada criados no setor foi 29,09% inferior ao registrado em 2023. A principal justificativa para isso foi a forte redução na criação de novas vagas no segmento de infraestrutura. Enquanto em 2020 esse segmento gerou 47.163 novos empregos, em 2024 foram criados 4.567, ou seja, uma queda superior a 90%. Importante destacar que 2023 foi um ano pré-eleitoral, o que, então, levou a infraestrutura a ter um desempenho superior ao registrado em outros anos. Em 2024 aconteceu encerramento dessas obras, o que contribuiu, então, para o menor dinamismo do segmento. Mas, mesmo assim, o recuo foi bastante acentuado”, assinala a assessoria de comunicação da CBIC.

Os cinco maiores geradores de novas vagas formais na construção civil em 2024 foram os estados de São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás. Por sua vez, os estados de Bahia, Rondônia, Piauí e Mato Grosso do Sul foram os únicos com resultados negativos no mercado de trabalho do setor. “O dinamismo do mercado de trabalho do setor demonstra o bom desempenho de suas atividades. Conforme estimativas da CBIC, a construção civil cresceu 4,1% em 2024. O dinamismo do mercado de trabalho nacional e o retorno das obras do Programa Minha Casa, Minha Vida, foram alguns dos fatores que contribuíram para o desempenho positivo. Entretanto, isso não significou ausência de desafios. As elevadas taxas de juros foram consideradas pelos empresários da construção, conforme Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da CBIC, como o principal problema do setor. Nos últimos três meses daquele ano 34,1% dos empresários apontaram isso. Em relação ao 3º trimestre de 2024 observou-se um incremento de 8,7 pontos percentuais”, diz a entidade.

A CBIC espera um crescimento de 2,3% das atividades da construção este ano.

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