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Maior número de investidores e queda dos juros devem impulsionar Fundos de Investimento Imobiliário

De 2022 para 2023, o crescimento do número de investidores foi de 25,2%

Os investidores em Fundos de Investimento Imobiliário (FII) podem esperar por melhores resultados em 2024, acreditam os especialistas, apesar da perda nominal na variação acumulada do Ifix, registrada nos dois últimos anos. O primeiro motivo é o aumento do número de investidores, que vem crescendo mesmo em um momento de retração.

Em 2023, foram 35 emissões, praticamente metade das 67 emissões registradas no ano anterior. Mas o número de investidores cresceu 25,2%, chegando a 2,5 milhões (em 2022 foram dois milhões). “O fato de haver mais investidores em 2023, apesar de a média dos juros do ano passado ter superado 13%, mostra um aumento do interesse por esse produto. Os investidores acreditam haver mais oportunidades no mercado”, disse, à Forbes, o Analista Marcos Baroni, da Suno.

Baroni pontuou que  o aumento dos preços dos imóveis corporativos durante os últimos quatro anos não foi acompanhado pela valorização das cotas dos fundos dedicados a ativos imobiliários reais, os chamados “fundos de tijolo”. Ele ressaltou que os preços do mercado retomaram ao patamar de 2019, o que abre um potencial de valorização das cotas dos fundos.

A esperada queda de juros, que já começou, é outra causa apontada para um cenário mais promissor em 2024. “Várias classes de ativos devem se beneficiar, especialmente os fundos dedicados a galpões logísticos, shopping centers e lajes corporativas. Os mais promissores são os fundos com maior exposição a setores cíclicos da economia, como varejo, construção e lazer”, avaliou Ângelo Belitardo Neto, da Hike Capital, também para a Forbes. Ele disse que a queda dos juros e a retomada do crédito impulsionarão os ganhos dos fundos imobiliários, principalmente os que recorrem à alavancagem.

“A indústria de fundos imobiliários entra em 2024 com a tendência de manter ou até mesmo superar o volume de captações de 2023. A expectativa é que as captações girem entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões, de acordo com agentes de mercado. O aquecimento do setor acontece na esteira do ciclo de corte de juros básicos no País, que incentiva investidores a migrarem da renda fixa para aplicações variáveis, com potencial de obter maior retorno. Os fundos imobiliários captaram R$ 23,9 bilhões de janeiro a novembro de 2023, conforme a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Considerando os números de dezembro que ainda serão divulgados, as operações tendem a ultrapassar 2022, quando as captações foram de R$ 24,7 bilhões. Neste momento, as emissões de cotas já anunciadas e em andamento estão em cerca de R$ 2,5 bilhões”, escreveu o jornal O Estado de São Paulo, em artigo sobre o assunto.

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