“Acreditamos que os fundos imobiliários continuarão a atrair investidores em busca de rendimentos estáveis e diversificação de portfólio”. É o que afirma a corretora XP, por meio de relatório, sobre o cenário macroeconômico para 2024, onde afirma que a atratividade para estes ativos deve crescer ao passo que a renda fixa ficará menos atrativa com o ambiente de taxa de juros mais baixa.
De acordo com a instituição financeira, os segmentos de shoppings, logística, varejo e lajes corporativas devem se destacar, e espera-se um ambiente “favorável” a novas emissões no mercado de FIIs. A Líder de Fundos Imobiliários do research da XP, Maria Fernanda Violatti, pontua que antes mesmo do início do ciclo de corte da taxa Selic, em agosto, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários da Bolsa (índice Ifix) começou a apresentar melhora considerável desde abril. “Durante ciclos de cortes, o mercado imobiliário costuma reagir positivamente e consequentemente os fundos imobiliários que possuem imóveis físicos, fundos de tijolos, são impactados positivamente”, afirma.
Segundo a XP, o segmento de shoppings registrou o melhor desempenho em 2023, quando se fala em FIIs. O motivo foi principalmente a retomada do fluxo de pessoas nos empreendimentos, prejudicado desde a pandemia. Os fundos de shoppings que compõem o Ifix acumularam 31,8% de retorno total – revela a corretora. Já os fundos da classe “de papel”, que detém recebíveis imobiliários, tiveram um 2023 desafiador no mercado secundário, principalmente para reduzir os descontos vistos desde o final de 2022. A classe registrou retorno total de 10,1% no ano, graças aos dividendos (12,4% na média).