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Mercado de capitais se consolida como fonte de financiamento

Segundo a Anbima, as empresas captaram no mercado de capitais R$ 783,4 bilhões em 2024

De acordo com dados levantados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), ao longo de 2024 as empresas captaram no mercado de capitais nada menos do que R$ 783,4 bilhões. A entidade destaca que se trata de um recorde, com um crescimento pontual de 66,7% na comparação com 2023. De acordo com a Anbima, somente no último mês do ano as ofertas chegaram a R$ 99,4 bilhões, o maior resultado mensal de toda a série histórica, iniciada em 2012.

– Os números revelam que o mercado de capitais se consolidou como fonte de financiamento para a economia real, contribuindo para viabilizar projetos estratégicos e para o desenvolvimento do país como um todo. Temos agora um mercado mais maduro e mais democrático, com diversificação de tipos de ativos e de emissores – avalia o Presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima, Guilherme Maranhão.

A Anbima divulgou, ainda, que as debêntures chegaram, em 2024, a R$ 473,7 bilhões, com os recursos sendo destinados principalmente para investimentos em infraestrutura (25,7%), gestão ordinária (24,5%) e pagamento de dívidas (23,4%). Segundo a entidade, os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) se destacaram com o segundo maior volume anual entre os instrumentos (R$ 81,4 bilhões), o que representa um aumento de 86,1% ante 2023.

– Esses números mostram o maior acesso das empresas de menor porte ao mercado de capitais por meio dos recebíveis. O volume médio de R$ 88,7 milhões por ativo indica que as operações são bastante pulverizadas – acredita Maranhão.

Dados levantados pela entidade contabilizam, ainda, que as empresas captaram R$ 58,9 bilhões com CRIs, uma alta de 23,4% em relação a 2023, e os CRAs alcançam R$ 41,3 bilhões, apontando uma retração de 4,7%. As notas comerciais, por sua vez, observaram R$ 43,6 bilhões em ofertas encerradas em 2024, superando em 56,1% o valor do ano anterior. Já os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) movimentaram um valor semelhante no período, um total de R$ 44,3 bilhões, com um incremento de 46,1%. Na renda variável, as operações de follow-on totalizaram R$ 25 bilhões em 2024, com uma redução de 20,4% na comparação com o ano anterior.

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