O mercado imobiliário da cidade do Rio de Janeiro viveu, em 2024, seu melhor desempenho nos últimos cinco anos. Dados do Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi/RJ) indicam que ao longo do ano passado foram vendidos 49.575 imóveis, 31% a mais do que o observado em 2023, com 37.878 unidades transacionadas.
“Foi o melhor desempenho dos últimos cinco anos”, garante o Coordenador do Centro de Pesquisas e Análise da Informação do sindicato, Maurício Eiras. O levantamento é realizado a partir dos registros oficiais do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) da Prefeitura, e a Barra da Tijuca liderou o ranking de mais vendas, com comercialização de 3.678 unidades. Completam este ranking Copacabana (3.102), Recreio dos Bandeirantes (2.909), Campo Grande (2.335), Tijuca (2.334), Jacarepaguá (2.062) e Botafogo (1.562).
Segundo a plataforma RioM², que acompanha os dados do ITBI, o setor imobiliário carioca movimentou, no ano passado, R$ 33,54 bilhões em vendas. Para se ter uma ideia do resultado, apenas nos primeiros noves meses de 2024 o valor das vendas já havia somado R$ 28,8 bilhões — 15,7% acima do mesmo período de 2023. Os números de lançamentos também cresceram, e bastante. Levantamento realizado pela Brain Inteligência Estratégica, em parceria com a Ademi-RJ (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário), indica que no ano passado foram lançadas 22.120 unidades na cidade, um pulo de 37,3% em relação a 2023.
Os leilões de imóveis também estiveram em alta em 2024. De acordo com a Ademi-RJ, a oferta de imóveis financiados pela Caixa Econômica Federal disponíveis em leilão cresceu 75%, em um total de mais de 25 mil unidades. A associação entende que o número de imóveis retomados por inadimplência cresceu, mas ressalta que os leilões estão se consolidando com uma alternativa de investimento em imóveis. A JusBrasil aponta que os imóveis arrematados podem apresentar preços finais de 40% a 60% mais baratos do que os praticados no mercado.
Se 2024 foi um ano muito bom, 2025 já se mostra favorável ao setor. Segundo dados preliminares do 15º Panorama Imobiliário do Rio, realizado em março pelo Secovi-Rio, no primeiro bimestre do ano foram vendidos 6.638 apartamentos na cidade, alta de 72% em relação ao mesmo período de 2020.