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Open Banking já é uma realidade no Banco Bari e no Paraná Banco, no sul do país

Open Banking permite aos usuários a movimentação de suas contas a partir de diferentes plataformas

Plataforma que permite a integração das chamadas de interface de programação de aplicativos (API) e que permite aos usuários movimentar suas contas a partir de diferentes plataformas (além do aplicativo e do internet banking), o Open Banking já está sendo praticado no sul do país pelo Banco Bari e pelo Paraná Banco. “Além de continuar essa linha de negócios, queremos também atacar outras áreas como conta corrente, mas, não para ser só mais uma, queremos trazer diferenciais”, diz Henrique Weber, o CTO do Banco Bari, que já nasceu digital. “Há três anos começamos nossa transformação digital e, diferente de outros bancos que estão indo para uma linha de conta digital e cartões, estamos trabalhando na linha de criar a melhor experiência no crédito consignado. Foi uma grande transformação não só tecnológica, mas, principalmente organizacional, para conseguir refletir no desenvolvimento de um produto digital”, afirma David Ruiz, CTO do Paraná Banco. Ruiz diz que o Open Banking é uma oportunidade e viabilizará mais consumo de serviços financeiros de fintechs e bancos. Já Weber diz que o maior ganhador é o cliente. “Já as instituições terão que se estressar para buscar uma eficiência mais interessante. Elas terão que ser mais eficientes operacionalmente, gerar recursos e, assim, o cliente consegue essas condições interessantes. Claro que isso é só uma parte do Open Banking, tem a outra parte da transação, da consulta, da informação, tanto financeira quanto pessoal. Mas, no geral, é uma coisa inevitável. Nós acreditamos que o Open Banking traz benefícios e é uma pauta prioritária dentro do Banco Bari”, acredita ele. O executivo do Paraná Banco disse que “já temos essa preocupação de como nós estamos criando e consumindo nossas jornadas digitais. Nós já pensamos em APIs públicas para serem consumidas, não só pelo Paraná Banco, pelos correspondentes, mas, também, por parceiros que podem construir jornadas que nós ainda não pensamos, para oferecer nosso crédito consignado. O Open Banking vai viabilizar não só como a gente pode expor nossos serviços financeiros mas, como eu posso melhorar a minha jornada, conectando através de outros bancos que talvez esse cliente tenha conta. Com o Open Banking, eu posso simplificar a jornada e criar uma relação mais segura entre ambas as instituições”. Já Weber acrescentou que “a utilização de API viabiliza o desacoplamento (do core bancário), ou seja, você torna a sua arquitetura mais fácil de manter. Tudo é uma entidade que trabalha independente de outra e se comunica por API. Se você tem uma camada de API, nada se comunica diretamente sem passar por essa camada. Bom, mas você está criando um cotovelo, não é melhor um sistema falar direto um com outro? Ele pode ser até mais rápido, mas, a médio e longo prazos, ele vai ter vários passivos. Você não consegue controlar essa comunicação, todas as informações passam por uma camada única. Assim você loga tudo e tem um controle no micro detalhe de tudo o que acontece dentro da instituição, isso vale para segurança, analytics, comportamento de usuários, etc.”. Ao participar da CIAB Febraban 2020, em 24 de junho, o Conselheiro do Bradesco, Maurício Minas, disse que o Open Banking é uma ameaça, mas também uma oportunidade e será uma agenda de ataque. “Temos de implementar técnicas de defesa, mas atacar também. Temos funding, temos balanço, temos credibilidade, sabemos fazer compliance. Temos de usar essa experiência ao nosso favor para ter o open banking 100% orientado a serviços por APIs”, pontuou o executivo. Segundo ele, durante a pandemia as operações de mobile banking do Bradesco cresceram mais de 30% na pessoa física e jurídica.

Publicado em 01/07/2020

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