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Open Banking: primeira fase já em funcionamento

Open Banking visa estimular a competição, modernizar o sistema financeiro e fomentar a educação financeira no Brasil

Com o objetivo de estimular a competição, modernizar o sistema financeiro e fomentar a educação financeira no Brasil, o Open Banking já começou a funcionar. Sua primeira fase iniciou em 1 de fevereiro, segundo cronograma do Banco Central para 2021. “O Open Banking incentivará a inovação e tende a intensificar as ofertas de valor para os clientes, com novos produtos e serviços, acelerando a transformação digital do mercado financeiro”, diz o Presidente da entidade, Isaac Sidney, pontuando que as instituições estão se adequando desde 2018.

O Open Banking facilitará o surgimento de novos produtos e serviços por conta do uso de um conjunto de programas que promoverão a conexão entre as instituições participantes e as informações que serão trocadas entre elas (chamadas de APIs padronizadas). Com ele, o consumidor poderá conectar sua conta bancária a um aplicativo que analisará sua vida financeira, recebendo sugestões de investimentos ou recomendações de produtos e serviços  personalizados. O Open Banking possibilitará reunir em um único aplicativo as informações de contas em diferentes instituições, proporcionando ao consumidor uma completa visão de toda a sua vida financeira.

Os bancos que se não adequarem seus negócios poderão acumular perda de receitas de até R$ 110 bilhões apenas no Brasil, segundo pesquisa realizada da consultoria Roland Berger. Espera-se que a competição com fintechs, big techs e varejistas vai acontecer de forma mais intensa e efetiva.

Nesta primeira fase do Open Banking as instituições participantes farão a entrega de informações como endereços das agências, horários de funcionamento e os canais oferecidos para atender clientes, como os telefônicos e digitais (internet banking e mobile banking). Também serão apresentadas as  informações sobre seus produtos financeiros e serviços. Esses dados estarão disponíveis publicamente para que empresas possam desenvolver aplicativos que façam comparações entre as instituições participantes. Os dados dos clientes não entram nesta fase.

Na segunda fase (15 de julho), as instituições poderão trocar dados de cadastros e transações de clientes entre elas, mediante consentimento do consumidor. “O cliente é dono de seus dados e deverá dar seu consentimento de maneira expressa para que eles sejam compartilhados na infraestrutura do Open Banking. Ele deverá solicitar e autorizar o compartilhamento destas informações, escolhendo quando, como e com qual instituição isto irá ocorrer”, explicou Leandro Vilain, Diretor de Inovação, Produtos e Serviços da Febraban. A partir desta fase se iniciará uma interação mais direta com o cliente final.

A terceira fase está prevista para 30 de agosto, a partir de quando o cliente poderá pagar contas e fazer transferências bancárias fora do internet banking ou do aplicativo do banco, por meio de um aplicativo intermediário. O pagamento de uma compra pela internet poderá ser feito dentro do próprio site de vendas, sem a necessidade do uso do aplicativo ou site do banco. A quarta e última fase está programada para 15 de dezembro e é voltada para o compartilhamento dos demais dados financeiros do cliente, como os de produtos e serviços de operações de câmbio, investimentos, seguros e contas-salário.

“Com a fase 4, teremos a consolidação da implementação de todo o cronograma do Open Banking. Mas é importante lembrar que o sistema, que gera uma série de oportunidades e novos negócios, estará em constante evolução e exigirá investimentos contínuos dos participantes, com pleno potencial para revolucionar os produtos e serviços em nosso mercado financeiro”, garante Vilain.

Publicado em 01/02/2021

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