De acordo com projeções do Sindicato da Construção (Sinduscon-SP), o PIB do setor deve fechar 2023 com uma alta de 1,2%, embora no terceiro trimestre tenha recuado 3,8%. A entidade e especialistas esperavam um crescimento 100% maior, ou seja, 2,4% para o PIB da construção civil. Em 2022, esse número avançou 6,85%.
Segundo a Coordenadora de Projetos de Construção do FGV-Ibre, Ana Maria Castelo, o mercado formal da construção cresceu e contratou mais trabalhadores, com uma alta de praticamente 7% no número de profissionais com carteira assinada, no entanto as construções chamadas de “formiguinhas” (feitas pelas famílias) influenciaram no crescimento menor do que o projetado.
O Sinduscon-SP informa que se espera, esse ano, uma queda de 2,8% no PIB da construção referente ao consumo das famílias, enquanto na área de infraestrutura, por exemplo, a expectativa é de alta de 4,5%. “Havia expectativa de melhora de trabalho e da renda, mas isso não se transformou em consumo de materiais”, atesta Ana Maria.
Presidente da entidade, Yorki Estefan explicou que o crescimento previsto de 1,2% do PIB setorial acontece por conta do efeito da taxa de juros “restritiva”, que prejudica o consumo das famílias. Ele acredita que a queda da Selic, em curso, promoverá uma leve retomada do consumo em 2024.