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Plataforma inova, oferecendo comissão maior para os corretores de imóveis

Pilar intermediou R$ 1 bilhão em vendas no ano passado. Esse ano pretende triplicar o valor

Em geral, as soluções criadas pelas startups para o mercado imobiliário são focadas no cliente final, nas imobiliárias e nas incorporadoras – o corretor não tem sido beneficiado pela tecnologia. Por sua vez, ao comparar a corretagem no Brasil e nos Estados Unidos, percebe-se claramente que o mercado aqui privilegia as imobiliárias. Pois foi esse o ponto de partida dos sócios da plataforma Pilar: atender aos anseios do corretor de imóveis.

Em 2022, quando começou a operar, a Pilar intermediou R$ 250 milhões em vendas de imóveis. No ano seguinte, observou um crescimento espetacular, chegando a intermediar R$ 1 bilhão em vendas. Somente no primeiro trimestre deste ano, a plataforma esteve presente em vendas que totalizaram R$ 520 milhões. A meta é chegar, até o final do ano, em algo em torno de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões transacionados, sempre apenas no segmento de alto padrão, na cidade de São Paulo.

Segundo um dos fundadores da Pilar, Felipe Abramovay, no Brasil o corretor recebe em média 30% da comissão paga pelo comprador do imóvel, que hoje é de 6%. A imobiliária embolsa o restante. Nos Estados Unidos, ao contrário, o corretor fica com até 90% do valor. “Quando o corretor capta o imóvel nos EUA, ele não vai anunciar, mas achar um corretor que tenha compradores, para trabalhar em conjunto”, explica o executivo, pontuando que no Brasil as parcerias são menos comuns porque há um receio do profissional ser “passado para trás”.

Invertendo o jogo, a Pilar já reuniu 400 corretores que atuam no segmento de alto padrão, em São Paulo, e fica com apenas algo entre 10% e 15% da comissão da venda. O restante é do corretor e de seus parceiros no negócio. Hoje a plataforma oferece 17 mil casas e apartamentos, e disponibiliza aos profissionais serviço de inteligência de mercado e marketing. Segundo a plataforma, a corretagem de alto padrão é o topo da carreira de um corretor, e, nesse caso, muitas vezes é possível abrir mão da estrutura de uma imobiliária. “Ele acaba tendo uma escolha difícil entre seguir na imobiliária ou virar autônomo, porque deixa muito dinheiro na mesa, no modelo tradicional”, revela Luiz Gilbert, também cofundador do negócio.

Embora tenha recebido recentemente aportes dos fundos Canary e Atlantico, em um total de  US$ 5,5 milhões, os sócios da plataforma garantem que ela ainda não gera lucro porque tudo é reinvestido em tecnologia e marketing. A Pilar anunciou que começará a operacionalizar uma expansão nacional, que deve começar pelo Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre, mas não nesse ano. A ideia é, primeiro, fortalecer a plataforma em São Paulo, onde opera exclusivamente.

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