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Segmentos de escritórios da capital paulista tem vacância de 22,7% no terceiro trimestre do ano

Segundo a Canuma Capital, a pandemia levou o mercado imobiliário comercial de São Paulo para índices de cinco anos atrás

Uma pesquisa realizada pela Canuma Capital apontou que há, no terceiro trimestre do ano, uma vacância média de 22,7% no segmento de escritórios da capital paulista, o que levou o mercado imobiliário comercial de São Paulo para índices de cinco anos atrás. De acordo com o sócio e fundador da Canuma, Marcelo Vainstein, antes da pandemia do novo coronavírus a vacância média do mercado paulistano alcançava somente 8,9%.

 “A covid-19 e recessão de 2020 trouxeram novos desafios ao segmento”, afirma ele. A pesquisa da Canuma Capital envolve prédios corporativos considerados “premium” em São Paulo, em um total de mais de 2 milhões de metros quadrados de área locável. “Os melhores prédios de São Paulo tinham apenas 160 mil metros quadrados de área em oferta, agora são 477 mil, quase três vezes mais”, garante Vainstein.        

O executivo não vê semelhança entre este momento e a crise de 2015 e 2016. “Mesmo se o país não tivesse mergulhado na recessão de 2015 e 2016, teria havido na época um desequilíbrio de oferta e demanda. Agora, o problema é que a demanda líquida praticamente desapareceu nos últimos seis trimestres”, afirmou, pontuando que o mercado atual não apresenta oferta excessiva, enquanto em 2016 quase todas as regiões de São Paulo estavam superofertadas.

“É muito cedo para fazer uma interpretação mais precisa, uma vez que mais da metade das empresas ainda não tomou decisão definitiva sobre a nova política de trabalho, mas, olhando as pesquisas aqui e no exterior, aproximadamente 80% a 90% das empresas e empregados querem introduzir ou aderir ao trabalho híbrido. Estimamos que o impacto do trabalho híbrido e a paralisação da tomada de decisão de novas expansões de espaços físicos já contribuíram com o aumento da vacância em torno de 7 pontos percentuais. É mais da metade do aumento total da vacância de quase 12 pontos no último ano e meio, de 11% para 23%. Existe um hiato de entregas de estoques e, portanto, se não houver um crescimento em 2022 a oferta do fim do ano que vem e de 2023, em algumas regiões, poderá pressionar o mercado”, finaliza ele.

Publicado em 01/12/2021

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