O Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) informou que as vendas de cimento no país tiveram um recuo de 0,9% em maio, se comparadas ao mesmo mês do ano passado. Foram 5,5 milhões de toneladas vendidas. Segundo a entidade afirmou por meio de nota, “o agravamento da pressão sobre os preços dos insumos e de matérias-primas segue impactando fortemente a indústria. O conflito e as sanções impostas à Rússia acentuaram ainda mais pressão no preço das commodities, afetando principalmente o valor do petróleo, do gás e do coque no mercado global”.
O SNIC apontou como causa da retração nas vendas, ainda, o endividamento das famílias, que apresenta recorde da série histórica, chegando à 52,6% de todos os rendimentos, e o aumento da inflação, que encareceu o financiamento habitacional.
De acordo com o sindicato, as vendas de cimento apresentaram queda de 2,2% no acumulado de cinco meses, sobre o mesmo período em 2021. No total foram comercializadas 25,6 milhões de toneladas de cimento. O SNIC informou que o volume de vendas do insumo por dia útil apresentou retração de 4,7% ante abril. De janeiro a maio, a queda foi de 3,1%.
“O grande desafio do setor de cimento será assegurar os ganhos obtidos de 2019 a 2021 e avançar ainda mais na redução de sua pegada de carbono e em direção a sua neutralidade”, disse o Presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna. A entidade defende o aumento do emprego, a volta do investimento em infraestrutura e a retomada de programas como o Casa Verde e Amarela para que a demanda por cimento cresça no país.
De acordo com o SNIC, de junho de 2021 a maio de 2022 as vendas de cimento alcançaram 63,8 milhões de toneladas. Em igual período anterior, o total vendido foi de 64,7 milhões de toneladas.
Publicado em 01/07/2022