De acordo com uma pesquisa promovida pela Senior Sistemas, com dados de cerca de 200 incorporadoras do país, o mercado de imóveis novos fechou o terceiro trimestre do ano com um crescimento de 9,9% no valor geral de venda, contabilizando R$ 10,24 bilhões em negócios. O valor acumulado no ano, até outubro, é de R$ 34 bilhões, o que significa uma alta de 15% em relação ao mesmo período de 2023. Ainda segundo a pesquisa, intitulada Senior Index, de julho a setembro o número de imóveis vendidos subiu 3,1% e o preço médio do metro quadrado foi de R$ 7.152. E mais: os distratos aumentaram 14,3% em quantidade, e o valor dos distratados cresceu 26,5% em um ano.

Apesar do fortalecimento do programa Minha Casa, Minha Vida, a Senior Index apurou que a venda de imóveis novos de baixo padrão tiveram uma leve queda de 0,2%, embora o valor vendido tenha aumentado 5,3% no período analisado. Já o mercado de médio padrão promoveu a venda de 4,9% mais imóveis, com um valor 9,5% maior. Por sua vez, o mercado de alto padrão teve um aumento de 18,4% nas vendas, e de 13,3% no valor vendido.

Em São Paulo, o preço médio do metro quadrado de um imóvel novo, no terceiro trimestre do ano, foi de R$ 11.377, apurou a Senior Sistemas. No entanto, relatório do QuintoAndar indica que o metro quadrado médio negociado em São Paulo, no período, foi de R$ 7.216 – neste caso, estão inclusas as transações de imóveis usados. A gigante do ramo imobiliário diz que o preço de venda dos imóveis foi 5% menor do que o preço médio dos anúncios, que era de R$ 7.600. E que o preço de venda dos imóveis na cidade de São Paulo avançou 0,1% do segundo para o terceiro trimestre, menos do que a inflação do período, de 0,8%. Considerando a variação anual, o ganho real é de 0,4%, e na comparação com o terceiro trimestre do ano anterior, de julho a setembro o valor dos imóveis observou alta de 4,76%.

– Com o aumento da taxa Selic e o reflexo disso na demanda, é de se esperar uma estabilização também nos valores dos imóveis – explicou o Gerente de Dados do QuintoAndar, Thiago Reis, ressaltando que não se deve esperar para os próximos meses um aumento significativo do preço dos imóveis.