Durante um evento promovido pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), em São Paulo, na primeira quinzena de junho, a Vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, disse que o banco estatal está em negociações para direcionar mais recursos do Fundo Social do Pré-Sal para a habitação, a exemplo do que o Governo fez em março, quando remanejou R$ 15 bilhões do fundo para o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
“Tivemos no último período uma negociação para que o fundo do Pré-Sal pudesse trazer um pouco de dinheiro. Nós estamos com a negociação mais ou menos até 2030, pelo menos, de que ele venha a aportar mais ou menos o que ele aportou nesse ano”, garantiu a executiva, durante um painel sobre soluções de funding para garantir a sustentabilidade do setor imobiliário. “Eu brinco que esse aporte do Pré-Sal é o jet ski que pode nos ajudar a atravessar as ondas de Nazaré”, disse, para risos da plateia, citando a cidade litorânea portuguesa famosa pelas ondas gigantes.
A Vice-presidente de Habitação da Caixa ponderou que a solução não resolverá o problema do funding da casa própria, “mas ajuda um pouco a descompressão para esse tema”. No entanto, ela não deu detalhe algum sobre os planos da Caixa, apesar da insistência dos participantes do debate, os principais players das incorporadoras imobiliárias do país.