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CBIC estima que setor da construção civil crescerá 3% em 2025

Funding, escassez de mão de obra, alta dos preços dos insumos e taxa de juros preocupam

De acordo com projeções do SindusCon-SP e do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), o setor da construção civil deve crescer, em 2025, 3%, um pouco abaixo dos 4,1% registrados em 2024. O setor vê a projeção de forma otimista, por conta do aquecimento do mercado e a retomada das obras do programa Minha Casa, Minha Vida, mas quer soluções para o funding do crédito imobiliário, a alta dos preços da matéria prima e a redução da taxa de juros.

“Apesar desses desafios, acredito que será possível aproveitar o potencial de crescimento destacado pelas projeções. É essencial que o setor e as autoridades trabalhem em conjunto para encontrar soluções que mitiguem esses impactos, garantindo um ambiente econômico mais estável e favorável para a construção civil”, avalia o Diretor de Incorporações da Prohidro e da Construlike, Renan Persio dos Santos, que se diz otimista sobre os resultados do ano.

Segundo ele, a maior preocupação do setor é com a possibilidade de escassez de recursos no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o financiamento habitacional no segundo semestre. “Essa limitação pode impactar negativamente o acesso ao crédito para muitos compradores em potencial. É crucial que o setor e os gestores públicos trabalhem juntos para garantir a sustentabilidade e a disponibilidade de recursos, de modo a manter o momento positivo do mercado imobiliário”, disse.

Segundo a CBIC, o PMCMV representou, ano passado, 58,7% dos lançamentos e 43,6% das vendas, fechando novembro com cerca de 500 mil unidades contratadas. Ele destaca o aumento do teto de avaliação das unidades habitacionais, a redução das taxas de juros e a inclusão da classe média na faixa 3 do programa, mas teme que a escassez de mão de obra qualificada, a inflação dos insumos, a alta do dólar e a restrição de crédito possam embarreirar o crescimento do programa. Outro dado de alerta, de acordo com a entidade, é o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que nos últimos 12 meses ficou em 6,34%, bem acima da inflação oficial – 4,87%.

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