Em uma reunião realizada em 26 de março, o Conselho Curador do FGTS autorizou o uso do FGTS Futuro para a população de baixa renda realizar o sonho da casa própria. Ele poderá ser utilizado para compor a renda do mutuário e ajudá-lo a saldar as prestações de imóveis adquiridos no programa Minha Casa, Minha Vida.
Por ora será realizado um período de teste, e a nova modalidade do FGTS será destinada a famílias com renda mensal de até R$ 2.640, ou seja, que compõem a Faixa 1 do MCMV. Mais adiante, todas as faixas serão contempladas, até o limite de renda familiar de R$ 8 mil. Para a medida entrar em vigor, no entanto, a Caixa precisa, primeiro, publicar as normas operacionais do FGTS Futuro, e o prazo para início da operação é de até 90 dias.
“O FGTS Futuro consiste no uso dos depósitos futuros do Fundo de Garantia feito pelos empregadores em conta no nome do trabalhador para compor renda e ajudar a pagar as prestações do financiamento contratado no âmbito do Minha Casa, Minha Vida. Pelas regras do programa federal de habitação, o mutuário pode comprometer até 30% de sua renda mensal com a parcela da casa própria. Se a família comprovar renda de R$ 2.640, por exemplo, poderá pagar parcelas de até R$ 792 no financiamento. Mas, se a prestação do imóvel a ser financiado for de R$ 1.000, com o FGTS Futuro, essa diferença de R$ 208 por mês passa a ser complementada com os depósitos que ainda serão feitos pelo empregador”, explicou o jornal Folha de São Paulo, em reportagem sobre o assunto.
De acordo com o que apurou a Folha, o impacto do FGTS Futuro será de R$ 11,4 milhões no orçamento deste ano, e de R$ 97,15 bilhões para novas contratações dentro do Minha Casa, Minha Vida. “A expectativa é que, com o tempo, haja um monitoramento da capacidade de pagamento desses beneficiados e que, futuramente, um grupo maior de famílias possa ser contemplado com a iniciativa”, disse Luiz França, Presidente da Abrainc.